29/03/2017 às 14h34min - Atualizada em 29/03/2017 às 14h34min

Vereador Joi Fornasari explica devolução de cachorro ao CCZ

Redação
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Em função da repercussão da postagem da suplente de vereador, a Sra. Kátia Ferrari, gostaria de me manifestar, apesar de, em momento nenhum, ter tido o meu nome citado por ela, que acusou um vereador de ter “dado carteirada” para que o Centro de Controle de Zoonoses recolhesse um cachorro da raça pitbull que havia sido adotado há dois anos.

Em primeiro lugar, gostaria de esclarecer que sei das minhas atribuições como vereador e que apenas ajudei uma família que passa por extremas dificuldades. Eles mesmos já haviam entrado em contato com o Centro de Zoonoses, sem sucesso. Apenas reforcei uma reivindicação, em virtude da situação de vulnerabilidade social dessa família.

Há dois anos, quando adotou esse cachorro, Michel ainda trabalhava e tinha renda suficiente para manter o sustento de sua mulher e de um filho com necessidades especiais, o qual exige constante cuidado, impedindo que a mãe trabalhe fora de casa. Neste momento, Michel em recuperação de uma cirurgia, sendo impedido de trabalhar e, por isso, os três vivem na residência dos pais dele, que também passam por dificuldades. A principal renda da família é proveniente da venda de tapetes pela mãe dele, pois o pai sofreu um acidente recentemente e está com uma “gaiola” na perna, o que dificulta sua locomoção e também o impede de trabalhar.

Se não bastasse isso, Michel também tem um irmão especial, de cerca de 20 anos, o qual se arrasta no chão para se locomover. Chegando a depender da doação de cestas básicas, com dificuldades para manter o cachorro, a família entendeu por bem, apesar da tristeza gerada por essa decisão, que seria melhor encontrar outro lar para esse animal. Sem ter êxito na busca de alguém pudesse adotá-lo, recorreram então ao Centro de Controle Zoonoses. Além disso, em função das condições de saúde do filho e do irmão, com necessidades especiais, Michel mantinha o cão amarrado o tempo todo, não garantindo as condições de cuidado que o animal merecia. Sensibilizado por toda essa situação, pensando no bem da família e do cão, realmente entrei em contato com a chefia do setor de Zoonoses.

Friso também que, minha atuação enquanto vereador atendeu ao interesse público, evitando um mal maior, pois estávamos diante de uma situação que poderia ser extremada no abandono do cão na rua, e, por se tratar de um animal da raça pittbul, que tem fama de ser agressivo (ressalto que o bairro possui muitas crianças e idosos) não me restou alternativa senão em promover a proteção da população, ante o pedido de uma família desesperada que preferiu passar pelo constrangimento de pedir providências ao Centro de Controle de Zoonoses ao invés de correr o risco de ter seus membros processados por maus tratos aos animais.

Também é bom que se diga, que o cão da raça pittbul, ante seu temperamento, é muito difícil de ser adotado, principalmente se tratando de um cachorro adulto. Sendo assim, gostaria de saber qual atitude a senhora Kátia tomaria e o que faria diferente estando em meu lugar? Assim como a família do Michel, espero que esse cachorro encontre um novo guardião, que tenha melhores condições de oferecer o que um animal desse porte necessita. Afirmou Joi ao Portal Atualidade.

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