22/05/2017 às 11h13min - Atualizada em 22/05/2017 às 11h13min

Aécio recorre ao STF contra afastamento do Senado

Redação
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A defesa do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) vai ingressar nesta segunda-feira (22) com um pedido de agravo regimental para tentar reverter no Supremo Tribunal Federal (STF) a decisão do ministro Luiz Edson Fachin, que, na última quinta-feira (18), suspendeu suas atividades legislativas após virem à tona as delações do empresário Joesley Batista, dono do grupo JBS.
 
Para o advogado Alberto Toron, não há respaldo na Constituição Federal para que um senador seja afastado dessa maneira. "Em se tratando de mandado parlamentar, somente a Casa Legislativa pode afastá-lo, pela via da cassação. Entre as previsões na Constituição, não se encontra o afastamento pela Justiça", afirmou.

Em delação premiada o empresário, Joesley Batista, dono da JBS disse ter pago neste ano R$ 2 milhões em propina a Aécio Neves, a fim de que ele atuasse em favor da aprovação da Lei de Abuso de Autoridade e anistia ao caixa 2 em campanhas eleitorais.

Segundo o empresário, a entrega do dinheiro foi feita a um primo de Aécio, Frederico Pacheco de Medeiros, que foi preso na quinta-feira (18). O ato foi registrado em vídeo pela PF, que rastreou o caminho do dinheiro e descobriu que o montante foi depositado numa empresa do senador Zezé Perrella (PMDB-MG).

A defesa de Aécio confirmou que o senador afastado pediu R$ 2 milhões a Joesley para custear sua defesa, na Operação Lava Jato. O advogado José Eduardo Alckmin, também entrará com o pedido no STF nesta segunda-feira, para reverter o afastamento de Aécio, no Senado. Após as acusações, o tucano comunicou o seu afastamento da presidência do PSDB.

 
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