26/01/2018 às 20h52min - Atualizada em 26/01/2018 às 20h52min

Polícia investiga suposto caso de violência sexual envolvendo pai e filha em Nova Odessa

Cristiane Caldeira - [email protected]
Redação
Criança foi ouvida por psicólogo do Creas. Foto: Reprodução
A Polícia Civil investiga um suposto caso de abuso sexual envolvendo pai e filha em Nova Odessa. A denúncia foi feita pela mãe da menina, uma criança de 5 anos, e está sendo acompanhada pelo Conselho Tutelar. A criança foi ouvida hoje (26) por um psicólogo do Creas  (Centro de Referência Especializado de Assistência Social).

De acordo com a queixa registrada na delegacia pela mãe, uma decoradora de festas infantis de 40 anos, a menina relatou espontaneamente a ela que ajudava o pai, um funcionário dos Correios de Americana de 46 anos, a "fazer xixi". 

Causou estranheza o fato de a menina mostrar com gestos de que forma o ajudava (com movimentos que remetem a masturbação), relatando também o tamanho do órgão sexual do pai e a cor da suposta urina, "branca como a nuvem", segundo a menina.

A criança também disse à mãe que isso teria acontecido mais de uma vez, quando ela não estava em casa, e no banheiro. A mãe filmou a conversa com a filha e enviou ao pai, que não mora mais na mesma casa que elas. Ele a chamou de "louca" e a bloqueou no WhatsApp.

Antes de denunciar o caso na delegacia, a mãe disse que conversou mais de uma vez com a menina e procurou um posto de saúde no sentido de conseguir uma consulta com uma psicóloga, e foi orientada a procurar a polícia. O boletim de ocorrência foi feito três dias após a primeira conversa.

O casal está junto há cinco anos e tem outros filhos. Ele tem dois filhos do primeiro casamento, ela tem quatro filhos também do primeiro casamento, sendo duas adolescentes que conviveram com o padrasto e nunca relataram nenhuma situação que pudesse supor algum tipo de comportamento inadequado por parte dele. A menina de 5 anos é a única filha em comum do casal.

SEPARAÇÃO

Dois meses antes de a menina relatar o suposto abuso à mãe, o acusado saiu de casa e voltou a morar com os pais, em Americana, sem explicar à mulher o motivo do afastamento. Mesmo morando em casas separadas, o casal mantinha o relacionamento.

Ela explica que o marido ficou afastado por cinco meses após uma cirurgia na coluna e pensou que o fato de estarem discutindo a situação financeira teria sido o motivo de ele ter saído de casa. Segundo ela, ele já não se sentia mais à vontade em casa. "Agora eu começo a entender o que aconteceu", comentou.

Segundo a mulher, faz uma semana que o ex-marido não comparece ao trabalho e não há notícias sobre seu paradeiro. Desde o registro do boletim de ocorrência, a menina foi ouvida na delegacia e pelo psicólogo do Creas, e mantém com detalhes o que disse à mãe da primeira vez.

A investigação está sendo conduzida pelo delegado titular de Nova Odessa, Claudio Eduardo Nogueira Navarro. 

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