09/09/2017 às 09h56min - Atualizada em 09/09/2017 às 09h56min

​Janot pede prisão dos delatores da JBS

Fernanda Nastrini
Redação
Mateus Bonomi/Agif/Estadão Conteúdo

O procurador geral da república enviou nesta sexta-feira (08) ao Supremo Tribunal Federal pedido de prisão dos delatores da JBS Joesley Batista e Ricardo Saud e do ex-procurador Marcello Miller. A solicitação ainda será analisada pelo ministro e relator da Lava Jato, Edson Fachin.

O pedido de prisão foi feito após o procurador concluir que os colaboradores esconderam do Ministério Público fatos criminosos que deveriam ter sido contados nos depoimentos, em que Joesley e Saud indicam possível atuação de Miller no acordo de delação quando ainda era procurador. Miller foi exonerado do cargo no dia 5 de abril.

A conclusão de que os delatores omitiram informações passou a ser investigada pela PGR na segunda-feira (4) a partir de gravações entregues pelos próprios delatores como forma de complementação do acordo, firmado também com Ricardo Saud, ex-executivo da empresa, e Francisco e Assis e Silva, advogado do grupo empresarial.

A prisão preventiva já vinha sendo analisada por Janot nos últimos dias. Na quinta-feira, 7, os executivos prestaram esclarecimentos à PGR, mas não convenceram. A avaliação na instituição é de que o discurso era somente para manter a validade do acordo, mas os fatos narrados foram graves.

No caso de Miller, há auxiliares de Janot que avaliam que ele atuou junto à JBS com uso de informações privilegiadas que possui por ter integrado a equipe de Janot e pode ter incorrido no crime de obstrução de justiça e exploração de prestígio.

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