25/05/2017 às 08h48min - Atualizada em 25/05/2017 às 08h48min

Ato em Brasília reúne 45 mil pessoas

Redação/ECB
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Cerca de 45 mil pessoas de vários estados brasileiros estiveram reunidos nesta quarta-feira (24), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para pedir a saída de Michel Temer da presidência da República e a rejeição das reformas previdenciária e trabalhista.

A concentração do ato, promovido por centrais sindicais e movimentos sociais, foi em frente ao Estádio Mané Garrincha, seguindo em direção ao Congresso. Os manifestantes levaram cartazes com dizeres “Diretas Já” e “Mais Direitos”, e gritavam palavras de ordem.


Segundo estimativas da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), 45 mil pessoas participaram do ato. Já a Central Única dos Trabalhadores estimou que 200 mil manifestantes passaram pelo local ao longo do protesto.


Uma grande bandeira verde e amarela foi carregada por várias pessoas. Pouco mais de uma hora depois, um grupo de aproximadamente 20 pessoas mascaradas começou a jogar pedras nos policiais que formavam um cordão de isolamento próximo ao gramado em frente ao Congresso e incendiou alguns objetos de plástico que estavam no local.


A tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal disparou dezenas de bombas de gás lacrimogênio e de efeito moral em direção à multidão. Houve corre-corre e os black blocks mascarados começaram o ataque aos ministérios. Vidraças, paradas de ônibus, bicicletas e banheiros químicos foram destruídos.


As sedes de três ministérios foram incendiadas e, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública, houve depredação em oito prédios, incluindo a Catedral Metropolitana de Brasília. Oito manifestantes foram conduzidos pelos militares, por motivos como porte de substância entorpecente, porte de arma branca, resistência e pichação, lesão corporal e desacato.

Pouco antes das 17h, com o avanço das forças policiais de diferentes pontos, inclusive dos ministérios atingidos, os manifestantes começaram a recuar em direção da rodoviária do Plano Piloto.

Em nota oficial, o Palácio do Planalto disse que a decisão do presidente Michel Temer de usar as Forças Armadas para reforçar a segurança na Esplanada dos Ministérios durante as manifestações foi tomada com base na informação de que não havia policiais da Força Nacional suficientes para atender à solicitação do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

“[...] o Presidente da República, após confirmada a insuficiência dos meios policiais solicitados pelo Presidente da Câmara dos Deputados, decidiu empregar, com base no Artigo 142 da Constituição Federal, efetivos das Forças Armadas com o objetivo de garantir a integridade física das pessoas [...]”, diz um trecho da nota divulgada no início da noite de ontem.

 
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