17/03/2017 às 16h07min - Atualizada em 17/03/2017 às 16h07min

Pesquisa aponta que aleitamento materno contribui para formação da flora intestinal dos bebês

OMS recomenta a amamentação no peito até os dois anos de idade

Fonte: MW- Consultoria de Comunicação & Marketing em Saúde/Redação
Ilustrativa
Não é novidade que o aleitamento materno é essencial para o bom desenvolvimento do bebê. Além do contato pele a pele logo após o parto entre a criança e mãe, o leite materno traz inúmeros benefícios à saúde. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno já na primeira hora de vida, em livre-demanda até o sexto mês, estendido até 2 anos ou mais.
 
Segundo o pediatra Moises Chencinski, a cada dia surgem mais e mais trabalhos comprovando a importância do aleitamento materno para os recém-nascidos, para crianças, jovens, mães, famílias e sociedade. “Acho que vale a pena começar por essa ‘novidade’ que é o contato pele a pele, logo após o parto. Estudos mostram que o corpo da mãe aquece o recém-nascido, que o contato reduz possíveis estresses negativos do parto para o RN e que o bebê é exposto às bactérias da mãe, menos agressivas e contra os quais o colostro já tem proteção. Essas bactérias, juntamente com as que aparecem no parto vaginal, começam a colonização positiva do intestino e da pele do bebê”, afirma o afirma o pediatra Moises Chencinski.
 
Recentes estudos brasileiros apontam para uma média de Aleitamento Materno Exclusivo (AME) de 54 dias, sendo que aos 6 meses de vida, apenas 9% das crianças estão nessa prática. Além disso, apenas 41% das crianças ainda estão em Aleitamento Materno aos 6 meses, longe da meta proposta da Organização Mundial da Saúde (OMS) que é de 90 a 100%.
 
Um trabalho de pesquisadores na Suíça mostrou a importância do aleitamento materno na formação da flora intestinal dos bebês. Crianças em AME demonstravam em sua flora “boas bactérias” (Bifidobactérias entre outras) que estavam presentes no organismo da mãe (em sua flora intestinal) e que foram passadas através do leite materno. Uma boa flora bacteriana, além de ser importante para uma boa digestão, favorece, segundo estudos, o desenvolvimento da imunidade do bebê.
Outro estudo mostrou que do colesterol que temos em nosso organismo, 70% é de produção interna e só 30% vem da dieta ingerida. “Se formos dosar o colesterol do bebê, ele é alto. Assim, o leite materno é fundamental para que haja uma regulação futura em sua produção. Assim, além de tudo, o aleitamento materno protege contra a hipercolesterolemia, cada vez mais comum em crianças, que é base de muitos problemas cardíacos”, alerta o pediatra.
 

 

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