18/05/2017 às 11h44min - Atualizada em 18/05/2017 às 13h32min

Ministro nega pedido de prisão contra Aécio Neves

redação
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O senador Aécio Neves deverá se afastar do cargo após delação dos donos do frigorífico JBS mostrar uma gravação em que o senador pede dois milhões de reais à empresa, para custear sua defesa na Operação Lava a Jato.

Hoje pela manhã a Procuradoria Geral da República chegou a pedir a prisão de Aécio, que foi negada pelo ministro do Supremo Tribunal Edson Fachin, que apenas decidiu afastar o tucano do cargo de senador. O caso não será levado a votação no plenário do Supremo nesta quinta-feira.

Ao rejeitar o pedido de prisão do senador, Fachin disse que apenas um “eventual recurso” poderá ser incluído em pauta para análise do pleno “no tempo mais breve possível” — o que depende de um pedido ou da defesa de Aécio ou da PGR, se esta quiser insistir na prisão do presidente nacional do PSDB.

O senador Sérgio Petecão, do PMDB do Acre, participou de uma reunião nesta manhã com o presidente Michel Temer e afirmou que o presidente não se lembra de ter tratado do assunto gravado pelo empresário Joesley Batista. No material, o Temer defende a compra do silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha. Petecão contou ainda que o presidente estava tranquilo e prometeu fazer um pronunciamento, às 16h. 

Já o vice-presidente do PSDB Alberto Goldman afirmou que Aécio Neves tem que deixar a presidência do partido: ‘ou se afasta ou renúncia’. Em caso de renúncia, a Executiva da legenda terá que eleger um nome para um mandato tampão. No entanto, se decidir se afastar, o próprio Aécio vai nomear um dos vices para cobrir o período de afastamento.

Alberto Goldman também afirmou que ‘o governo Temer acabou. Não existe mais’. Após a divulgação de parte da delação de Joesley Batista, em que aparece dando aval para a compra do silêncio de Eduardo Cunha, o presidente ‘perdeu as condições de governar’, afirmou o tucano: ‘se renunciar, será um bem para o país’.
  

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