22/07/2019 às 16h14min - Atualizada em 22/07/2019 às 16h14min

Projeto de R$ 29 milhões do Poupatempo de S. Bárbara continua no papel

Complexo de serviços públicos foi anunciado para ser entregue há 7 meses

Beto Silva
Aunciado pela prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste para o final do ano passado, o projeto de construção do Poupatempo Municipal ainda não saiu do papel. Com investimento de R$ 29 milhões, o complexo de serviços públicos estava no cronograma de obras que marcariam as comemorações dos 200 anos da cidade, em dezembro de 2018. O anúncio da construção do aglomerado de serviços públicos teve como objetivo amenizar a polêmica entre os poderes Executivo e Legislativo quando da aprovação do  PMAT (Projeto de Modernização Tributária e da Gestão dos Setores Sociais Básicos), ainda em 2017.  Na época, a administração municipal informou que  a obra seria viabilizada graças ao financiamento junto ao  BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social).

O local escolhido para abrigar a nova estrutura pública chegou a ser anunciado pela prefeitura barbarense.  A área que reúne o prédio do antigo Centro Médico, um trecho da Rua João Ridley Bufford e o prédio público existente na Praça João XXIII, onde hoje funcionam o PROCON e a Farmácia Popular, em frente ao Terminal Urbano, foi apontado como o terreno do Poupatempo. Para dar lugar ao complexo, o prédio da saúde seria implodido e o trecho da rua interditado. Até o momento não há movimentação de obras no local e houve apenas a inversão das mãos de direção das ruas. 

No ano passado, a prefeitura informou que a nova estrutura iria representar uma economia anual de R$ 4 milhões com aluguéis pagos para comportar os serviços públicos e o complexo comportaria os setores que oferecem serviços diretamente ao cidadão. 

"Além das obras, os recursos vão ser gastos na aquisição de equipamentos, mobília, veículos e capacitação de funcionários públicos. O Poupatempo Municipal, segundo a assessoria, vai permitir também a implantação de programas de alta tecnologia nas áreas de transmissão de dados e gerenciamento eletrônico de documentos, interligando as unidades municipais, por meio de uma rede de fibra ótica. Com isso, o município será capaz de implantar, através dessa infovia, um conceito de cidade inteligente, melhorando a gestão pública e os serviços prestados à população", conforme nota do setor de comunicação à época.

Em 2015 a Câmara de Vereadores aprovou lei autorizando o município a contratar financiamento no valor de R$ 20,3 milhões, junto ao BNDES e, com a atualização do projeto estrutural necessária para a inclusão de equipamentos com tecnologia moderna, iluminação por LED, climatização, entre outros, um novo projeto de lei foi encaminhado à Câmara Municipal, no final de 2017, suplementando em R$ 9 milhões a lei já aprovada em 2015.

Na semana passada, a prefeitura foi questionada ela reportagem sobre o andamento do projeto, previsão de início da obra, motivos do atraso e se o financiamento junto ao BNDES foi efetivado. Como de costume, a assessoria de imprensa do Executivo ignorou os questionamentos, sem encaminhar as informações solicitadas. 
Notícias Relacionadas »
Comentários »