31/03/2019 às 15h39min - Atualizada em 31/03/2019 às 15h39min

O mercado do sexo fora do Brasil

Como o sexo é encarado numa das cidades mais cosmopolistas do mundo, e como é a vida de brasileiros que vivem da prostituição

ANDRE LUIS CIA
Cuatro.com
Assim como castelos de areia feitos numa praia que se dissipam conforme a intensidade do vento, a vida de muitos imigrantes brasileiros que trabalham no chamado “mercado do sexo” na Europa não pode ser considerada um trabalho fácil, já que todos são obrigados a conviver com diferentes situações, o que os leva a repensar até quando conseguirão resistir a este tipo de trabalho. Se no passado, a profissão mais antiga do mundo se restringia às ruas e aos classificados de jornais impressos, hoje, com a globalização, os trabalhadores do sexo migraram para outras plataformas, como a internet.  A maioria deles “vende o corpo”, ou melhor, se vende, em websites e também em aplicativos de celulares. Em Barcelona, considerada uma das cidades mais cosmopolitas do mundo e aberta à diversidade sexual, essa prática vem se tornando cada vez mais comum.
Segundo os trabalhadores do sexo entrevistados para esta matéria exclusiva, o mercado online está em plena ascensão, o que favorece no agendamento e na conquista de novos clientes. Pela rede, é possível compartilhar fotos, vídeos e seduzir muito mais do que nas ruas. Apesar disso, a famosa e antiga prostituição de rua ainda resiste ao tempo (ver abaixo).  
Para a realização desta reportagem especial, optei em buscar os entrevistados de três diferentes formas. Em uma delas, por telefone, passando como um cliente comum tanto para sexo gay quanto heterossexual. Em outra; falando a verdade: a de que estava fazendo uma matéria sobre sexualidade para um site brasileiro; e por último, indo direto à fonte, ou seja, buscando pelas calles (ruas) de Barcelona, alguns dos principais pontos de prostituição da cidade. 
Aos 17 anos, o paranaense Patrick (nome fictício), já sonhava com uma vida diferente da que levava no Brasil. Era vendedor de uma loja de calçados, ganhava bem e tinha uma vida estável. No entanto, sonhava com outras coisas, e uma delas era o de viver no exterior. Ao completar 18 anos tirou o passaporte e avisou à família que mudaria de país. O primeiro destino foi Portugal, onde se especializou na área de hotelaria. Para isso, trabalhava em dois turnos e conseguiu juntar um bom dinheiro, o que o fez sonhar com a abertura de um negócio próprio. Ao lado de um amigo, também brasileiro, montou um pequeno café que não prosperou. Insatisfeito com sua situação e cansado da dura rotina de trabalho que vinha fazendo há quatro anos consecutivos, viajou de férias para Barcelona e se apaixonou pela cidade, o que o fez mudar novamente de país. “Cheguei na Espanha em 2004 e comprei um documento português o que me abriu muitas portas de trabalho. O que facilitou também foi o fato de eu ter acumulado muita experiência em Portugal”, relembra.  
Com o tempo, Patrick foi juntando novamente dinheiro, o que lhe permitia viajar. Nas férias de verão, o destino principal era Ibiza. E foi lá que sua vida passou por uma grande reviravolta e que ele entrou definitivamente para o mundo da prostituição. Em uma das inúmeras festas que frequentava e já embriagado, recebeu o convite para fazer um programa com um filipino que vivia em Mônaco. “Eu não queria nada daquilo. Não era o que eu estava buscando até porque eu sempre fui hétero, mas o cara me puxou pela mão e acabei indo sem saber o que me esperava do outro lado”.
 
PRIMEIRO PROGRAMA FOI O PASSAPORTE PARA UMA NOVA VIDA 

No quarto do hotel, Patrick diz que precisou fazer apenas sexo oral com o cliente e que recebeu ‎€ 700 euros. “Não posso negar que aquele foi o passaporte que eu precisava para entrar nessa nova vida. Eu nunca tinha ganhado tanto dinheiro de uma forma tão rápida”, justifica. Depois disso, ele começou a dançar numa boate como gogo boy, mesmo sem nunca ter dançado antes. As primeiras viagens por programa foram aparecendo e isso virou uma constante que segue até hoje.
Patrick foi se especializando cada vez mais no mercado sexual e fazendo uma clientela cativa. Apesar disso, continuou morando em Barcelona, mas as viagens a trabalho foram só aumentando.  Por sexo, conheceu diferentes países da Europa, América do Sul e também o México. Algumas viagens foram mais curtas (de três dias); enquanto outras, duraram semanas. Em todas, tudo sempre é combinado antecipadamente com os clientes. “Só que da mesma forma que o dinheiro vem rapidamente, ele também vai. Eu nunca consegui fazer uma economia porque fui aproveitando tudo que eu não tinha tido oportunidade de viver antes”.
Em 2014, cansado e deprimido com a vida que vinha tendo há mais de 10 anos, Patrick decidiu retornar um tempo para o Brasil porque acreditava que a Copa do Mundo de futebol ia aquecer a economia do país. Em São Paulo, conheceu uma garota de programa paraguaia que lhe ajudou no mercado do sexo paulista sem imaginar que, anos depois, ela se tornaria sua esposa.  Após quase três anos vivendo no Brasil, Patrick decidiu regressar para Barcelona e também ajudou na vinda da namorada para o país. Hoje, ambos trabalham apenas com prostituição, mas já traçam planos para o futuro. Eles pretendem atuar na área de hotelaria e terem seu próprio negócio. Indagado se consegue ser feliz com a vida que leva, ele ressaltou que a prostituição lhe garante estabilidade financeira, mas que o preço é muito alto. “ Com o tempo, fui aprendendo a tirar proveito da situação e até mesmo a sentir prazer com alguns clientes, mas o começo foi bem difícil”, diz.
Para ele, o mais complicado é que no início não podia escolher os seus clientes, algo que já se pode dar ao luxo hoje. “Por telefone, eu já saco qual é o perfil do cliente e cabe à mim decidir se faço ou não o programa”. Sua média mensal é superior a €  2 mil euros por mês, e o que lhe garante estabilidade é o fato de ter clientes fixos há muitos anos. Um deles, inclusive, é algo inusitado pela idade: um senhor de 82 anos.
Patrick tem perfil em três diferentes sites e suas fotos chamam atenção pelo físico perfeito e pela beleza. “Quem atua nessa área tem que ser vaidoso e cuidar do corpo porque ele é o nosso instrumento de trabalho”. Nas horas vagas, ele malha muito na academia e diz que seu físico chama atenção nas ruas.

SONHO DE QUE A VIDA IMITE A ARTE 

Como no clássico filme “Uma linda mulher”, no qual Julia Roberts (Vivian) se apaixona por Richard Gere (Edward), a carioca Magali (nome fictício), sonha que a vida real imite a arte. Trabalhadora do sexo há mais de dois anos, ela conheceu recentemente um espanhol que pode mudar radicalmente seu destino, já que ele a pediu em namoro e lhe prometeu tirá-la dos programas. “Eu sempre me emociono quando vejo esse filme e acho que posso ter um final feliz assim como a personagem do filme. Ele foi meu cliente por um tempo e nos apaixonamos. Cheguei a conhecer a família dele. Nas minhas horas vagas saímos como um verdadeiro casal. Estou muito feliz por essa chance que a vida tá me dando de recomeçar”.
No Brasil, Magali trabalhava como enfermeira e, assim como Patrick, vivia uma vida estável. Tinha um filho de quatro anos, trabalhava e morava numa casa confortável até que decidiu seguir os passos da mãe e do irmão que já moravam na Europa há 30 anos, e se mudar do Brasil. Porém, ao chegar à Espanha, ela foi sentindo dia após dia as dificuldades enfrentadas por um imigrante ilegal sem documentação. Sem alternativa de empregos melhores teve que se submeter aos chamados “subempregos” e foi trabalhar limpando pisos.
E foi numa destas limpezas que conheceu uma equatoriana que agenciava mulheres para programas. “Ela vivia me convidando para entrar nesse mundo. Dizia que eu poderia ganhar muito mais dinheiro do que fazendo faxina e que teria uma nova vida. Eu relutei enquanto pude, mas num momento as coisas foram apertando para mim. Eu tinha o meu filho para criar, precisava sair da casa do meu irmão e alugar um piso. E o pouco que ganhava com faxina não dava para sobreviver em Barcelona. Foi assim que acabei aceitando fazer uma experiência e nunca mais saí dessa vida”, relembra.

DINHEIRO FÁCIL É O QUE MAIS ATRAI  

No seu primeiro dia como garota de programa, Magali ganhou € 400 euros, sendo que, 200 foram repassados à agenciadora- algo que acontece até hoje-, ou seja, ela fica com 50 % do que lucra na noite-. Ela aponta que apesar de não ter gostado nem um pouco de fazer sexo por dinheiro, que o dinheiro rápido que ganhou em sua primeira noite  pesou mais alto na sua decisão, e que não conseguiu mais retomar às faxinas. “Em poucas horas ganhei quase metade do que ganhava num mês todo fazendo faxina pesada. E isso me fez decidir mudar toda minha vida”.
 Seu lucro mensal é alto: cerca de € 3,5 mil euros por oito horas de programa diário: das 20h às 8h da manhã. O programa de uma hora custa €  80 euros; meia hora, €  40 euros, e sexo anal de uma hora € 100 euros. Ninguém da sua família sabe sobre sua profissão. Todos imaginam que ela trabalha como cuidadora de idosos. O filho, hoje, com seis anos, mora com sua mãe, em Lisboa, mas ela faz questão de proporcionar uma vida estável a ele. Paga colégio particular e futebol, além de outras contas, e sempre que pode vai visitá-lo. Para ela, o dinheiro é gasto em cursos de idiomas e também em academia. “Tenho que cuidar do meu corpo e também gasto muito com roupas”.
Magali tem uma vida tranquila em Barcelona, mas diz que tudo isso tem um alto preço, e o mais difícil é ter que se submeter a deitar com todos os tipos de clientes. “Nunca imaginei que seria capaz de fazer o que faço hoje. Não é a vida que escolhi ou sonhei para mim, mas as coisas foram acontecendo e não tive como sair desse mundo, mas se você me perguntar se sou feliz, com certeza, a minha resposta será negativa. Faço por necessidade, mas pretendo logo deixar essa vida e retomar meus projetos e sonhos”, disse. Dentre eles, está o de formar uma família, voltar a morar com o filho, trabalhar novamente como enfermeira ou até mesmo debutar como cantora. “Esse é o grande sonho da minha vida. Sou de uma família de músicos e sempre gostei de cantar. Tenho uma boa voz e adoraria ser cantora”. 



Magali sonha em sair um dia da prostituição e viver um lindo conto de fadas
 

Patrick é um dos brasileiros que vive da prostituição em Barcelona  






 
RESISTENTE AO TEMPO

Na madrugada da Rambla Catalunya-,um dos locais mais frequentados de Barcelona-, a prostituição de rua ainda resiste ao tempo apesar da concorrência online. Enquanto turistas e moradores da cidade circulam pela extensa via, trabalhadores do sexo, neste dia, somente mulheres, estavam nas esquinas das calles  à espera de clientes, grande maioria deles, turistas. Os programas são agendados diretamente com as garotas. A abordagem é feita sem nenhum pudor ou fiscalização. Enquanto realizava um vídeo no local, presenciei várias viaturas de polícia e também guardas passarem pelas garotas sem nenhuma intervenção.
Optei em abordar algumas delas como se fosse um cliente. Ao lado de um amigo, encarregado pela gravação dos vídeos, decidimos saber detalhes dos programas. Dissemos que éramos brasileiros de férias em Barcelona e que estávamos em busca de diversão. Sem tempo a perder, as garotas informavam o valor do programa. Em média, € 50 euros por uma hora (valor mais baixo do que é  cobrado por quem trabalha no mercado online). Duas delas eram venezuelanas; e outra, boliviana. Questionei se conheciam alguma brasileira que fazia programa ali e me informaram que a rotatividade de meninas era muito grande e que não existia um ponto fixo de trabalho. “Quem chega primeiro fica, mas a maioria já tem sítio (como são chamados os locais onde são feitos os programas) e não precisam mais vir para as ruas”, disse uma das venezuelanas que não aparentava mais do que 25 anos.


Imprensa local sempre destaca prostituição nas ramblas- Crédto La Vanguardia 

O que mais me chamou a atenção foi o fato de todas estarem com roupas comuns. Nada muito extravagante ou sensual, diferente das prostituas de rua no Brasil, que se vestem com mais sensualidade. Outro fato interessante que vale a pena ser ressaltado é que as garotas de rua parecem muito mais desprovidas de vaidade e recursos financeiros que as do mundo virtual. Pelos anúncios online já é possível ver que tanto mulheres quanto homens são mais atrativos estética e fisicamente, o que talvez explique a diferença no valor dos programas.  
Em outro ponto de prostituição muito conhecido na cidade, próximo ao Camp Nou, estádio de futebol do Barcelona, há mais travestis e transexuais, mas o que impera nessa região são estrangeiros que tentam repassar droga aos turistas. Na madrugada do dia 20 de setembro, ao passar pelo local em busca de novas fontes para esta reportagem, o que mais encontrei foram estes vendedores que se misturavam aos trabalhadores do sexo. Tentei por algumas vezes abordagem, mas o policiamento estava mais rigoroso porque havia tido jogo do Barcelona naquela noite. Mesmo assim, era visível o número de turistas estrangeiros em busca do sexo fácil. Perguntei a um turista australiano que havia acabado de conversar com uma transexual, o que o tinha levado até ali. “Vim ver o jogo do Barcelona e agora quero terminar minha noite de uma forma diferente e vim atrás de sexo selvagem”. Ele alegou que estava disposto a pagar por uma acompanhante durante toda noite, e que estava disposto a pagar até € 300 euros.  
 
CLIENTE POR UMA NOITE  

Com o argumento de que estava “turistando” em Barcelona, acessei alguns dos  principais sites de programa em Barcelona, como o Telechaperos (para gays) e Nuevo Loco (de mulheres) com o pretexto de que estava em busca de sexo com brasileiros. Em todos, a receptividade, tanto dos garotos quanto das garotas foi sempre muito profissional. O fato de também ser brasileiro não foi visto como diferencial, já que o preço dos programas seguiu o mesmo: cerca de € 80 euros a € 100 euros por uma hora de programa.
Em uma das conversas, a garota, Vitória (nome fictício), que se vende como “uma brasileira muito sensual e que te fará vibrar de prazer”, promete realizar todas suas fantasias sexuais e se autoentitula como uma “verdadeira cachorra na cama”. A princípio, disse que gostaria de agendá-la para uma despedida de solteiro de um amigo, mas ela afirmou que não fazia esse tipo de programa e que só atendia particularmente. Suas fotos no site são sensuais e ela usa uma máscara para não identificá-la. 
Já com os garotos, a exposição é mais aberta. No mercado do sexo, o que mais chama a atenção é o fato deles não terem pudor ou receio de revelarem o rosto, mas, principalmente o órgão genital. Aliás, esse parece ser o ponto principal e o que pode despertar a atenção dos clientes. O contato com Bruno (nome fictício) também foi feito por WatsApp. Dei a desculpa de que queria contratá-lo para a festa, mas ele também se negou ressaltando que somente faz programas individuais. Mostrei interesse e ele disse que me reservava boas surpresas caso eu fosse até seu apartamento. Para dar mais credibilidade, pedi informações sobre como fazia para chegar até seu apartamento, localizado no bairro Eixample, popularmente conhecido como “Gayxample” pela população LGBT por ter muitos comércios do gênero, como casas noturnas, bares, saunas e até mesmo um hotel destinado ao público gay. Fechamos o programa para a noite de sexta-feira, às 23h, em seu apartamento, por € 100 euros (uma hora), com direito a tudo, incluindo o uso de poppers, droga muito utilizada na Europa, que promete uma euforia instantânea, aliada ao aumento do prazer e inibição da dor.


Guia Gay São Paulo já abordou o assunto e o dano irreversível que a droga pode causar ao usuário
  O produto é inalado da mesma forma do que benzina, loló e outras drogas. Em poucos segundos o usuário sente seu efeito, acompanhado de uma euforia e esquentar das regiões erógenas. O efeito passa rápido e é necessária uma nova inspiração. Quem usa adquire tolerância ao longo do tempo ao produto e precisa cada vez mais. Em seu anúncio, Bruno se autodefine como um chico (garoto) 100 % real, assim como nas fotos, diz que mora sozinho, tem 24 anos e 20 cm de pênis. Também se coloca à disposição para viagens por toda Europa.  
MUSEU DO SEXO DE BARCELONA TRATA O ASSUNTO SEM TABUS 











Enquanto o Brasil parece viver um retrocesso quanto à liberdade sexual com o retorno da polêmica sobre a “cura gay”; em Barcelona, a diversidade sexual é algo inerente à própria cultura da cidade. É comum e perfeitamente normal vermos a população LGBT circular livremente pelas ruas sem medo de sofrer qualquer tipo de preconceito ou violência. Segundo a diretora do Museu Erótico de Barcelona, Alexandra Emanoela, “se você não aceita a população gay você é muito mal visto na Espanha”.
Ao ser informada pela reportagem que o Brasil é o país líder mundial nos crimes contra a população LGBT, Alexandra lamentou a triste estatística e frisou que espera que o Brasil avance nesta questão para se tornar uma sociedade igualitária e justa. “Para vivermos em sociedade temos que estar abertos a todos tipos de orientação. Todos têm o direito de serem escutados, e a Espanha sempre foi revolucionária nesta questão”.
Considerado como um dos principais pontos turísticos da cidade, com uma frequência diária de 250 pessoas e cerca de 10 mil ao mês, o Museu Erótico de Barcelona, localizado no coração da Rambla de Catalunya- mesmo palco do triste atentado terrorista de agosto deste ano- recebe turistas do mundo todo atraídos pelas curiosidades em torno da sexualidade. “Até mesmo culturas mais tradicionais como as da China e Japão ficam fascinadas pela forma como tratamos a sexualidade, que ainda é tabu em alguns lugares, mas que sempre desperta o interesse. Aqui, a sexualidade é tratada sem tabu, de uma forma didática e bem-humorada ”.  Uma das personagens ícones do museu é a figurada atriz e modelo norte-americana Marilyn Monroe. Além de suas fotos estarem estampadas em diferentes pontos da casa, uma atriz, da sacada do prédio, interpreta um dos maiores símbolos sexuais do século XX e dá às boas- vindas aos visitantes. Enquanto percorria o museu parei para conversar com a atriz sérvia que disse estar encantada por poder dar vida a um ícone mundial. Ela ressaltou que se sente mais livre para fazer isso na Espanha do que em seu país, onde a sexualidade é tratada de forma mais convencional.  
VÍDEO EXCLUSIVO DO INTERIOR DO MUSEU ERÓTICO DE BARCELONA 



ONG STOP SIDA É UMA IMPORTANTE ALIADA NO SEXO SEGURO 





Coordenador da ONG Stop Sida, Luis Villegas Negró, também ressaltou o fato da Espanha ser um país acolhedor do movimento LGBT, o que evidencia o caráter de Barcelona ser vista como uma cidade progressista e aberta à diversidade. Ao contrário do Brasil que discute a cura gay, na Espanha, foi aprovada uma lei no Parlamento que proíbe as terapias sexuais no país. “Em cada cidade temos legislações próprias que inibem qualquer tipo de homofobia, o que nos torna um país cada vez mais aberto à diversidade sexual”.
A ONG existe há 30 anos e tem o objetivo principal de orientar, prevenir e acolher a população LGBT, principalmente com relação à prevenção sexual. Um dos focos são os trabalhadores do sexo. São 80 voluntários e 8 funcionários que atuam em diferentes áreas sempre visando o bem-estar do segmento. Questionado sobre o mercado do sexo em Barcelona, ele explicou que não existe na Catalunya uma legislação que proíba ou regule o trabalho da categoria, no entanto, o que é proibido é o tráfico sexual de pessoas. 
Nos últimos anos de atendimento da ONG, cerca de 60 % deles foram destinados a brasileiros que trabalham no mercado do sexo. “O trabalho que realizamos é importante porque acolhemos estas pessoas de diferentes formas, desde a orientação quanto às DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis), aos direitos, deveres, educação e prevenção, com distribuição de kits sexuais, como preservativos mais resistentes e lubrificantes”.
 
 
 
 
 
 
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