O ajudante de motorista Fabrício Costa precisou desembolsar R$ 300 para pagar uma consulta médica dos filhos gêmeos de 11 meses para que as crianças não perdessem a vaga numa escola municipal, em Santa Bárbara d’Oeste.
Costa, que está desempregado há dois meses e ajuda a esposa com a venda de geladinho gourmet, disse que os bebês tiveram diarreia e por isso ficaram afastados da creche por alguns dias. Ao tentar retornar os gêmeos à escola, os pais foram informados pela direção que seria necessário um atestado médico liberando as crianças para o retorno a fim de garantir a saúde das outras crianças.
Os pais procuraram o posto médico do bairro e foram informados que só há consulta com pediatra para o mês de abril. “Se meus filhos faltarem na creche todo esse tempo, eles perdem a vaga, que já foi muito difícil conseguir”, lamentou o pai.
Diante da situação, o casal tirou R$ 300 - do já apertado orçamento - para pagar uma consulta particular com um pediatra e assim garantir a permanência das crianças na creche. “Minha mulher trabalha e eu faço os bicos, se as crianças saíssem da creche seria pior para nós”, afirmou.
Ele questiona a demora em agendamento para pediatra no posto médico.