08/02/2019 às 17h51min - Atualizada em 08/02/2019 às 17h51min

Ambulância leva criança deficiente para fazer tratamento em Piracicaba, mas não volta buscar

Situação ocorreu duas vezes nessa semana

Luis Capucci - [email protected]
Foto: Divulgação
Um menino de 6 anos que nasceu com uma deficiência física foi transportado pela Prefeitura de Santa Bárbara d’ Oeste para fazer um tratamento no Centro de Reabilitação de Piracicaba, mas não ninguém foi buscá-lo. O problema ocorreu duas vezes apenas nessa semana.

De acordo com o ajudante geral Lincoln Alves Silva, que é pai da criança, ele nasceu com artrogripose congênita (um problema de malformação das articulações que acaba ocasionando uma limitação de movimentos e menor força muscular) e desde o início faz terapia ocupacional e fisioterapia no Centro de Reabilitação de Piracicaba. “A sessões são rápidas. Duram menos de uma hora. Daria para um motorista ficar lá com ele. Nós já tivemos problemas com transporte antes, mas piorou muito ultimamente”, declarou Silva.

Segundo a técnica de enfermagem Andreza Aparecida Risso, que é mãe do menino e o acompanha nas viagens até Piracicaba, os problemas ocorreram nas manhãs da última segunda-feira (04) e hoje (08). “Na segunda, meu filho faz o tratamento das 10h às 11h. Daí acabou, eu liguei lá e não tinha como ninguém vir buscar na hora. Esperamos até 12h50 sendo que desde de às 12h30 meu filho estava reclamando de fome. Liguei lá de nova e falaram que ia demorar mais uns 25 minutos ainda. Daí eu acabei chamando um motorista do 99 Taxi para voltar para casa. Tive que pagar R$ 40 da viagem de volta”, relatou a enfermeira.

Andreza novamente passou por dificuldades para voltar na manhã de hoje. O filho dela faz tratamento em Piracicaba das 9h às 10h nas sextas. Acabada a sessão, ela ligou para o funcionário da Prefeitura e foi informada que o motorista não tinha horário para buscá-la. Com isso, ela foi obrigada a voltar de ônibus. No trajeto para o ponto, a mãe teve que carregar a criança, uma vez que ele não consegue andar longas distâncias por conta de sua deficiência.

Os pais afirmam que as justificativas que eles recebem do Poder Público é que faltam carros e também funcionários para realizar o transporte de todos. “Os motoristas não são os culpados. Eles cumprem ordens. Mas isso não pode continua acontecendo. É desumano”, declarou a técnica de enfermagem.

A Prefeitura de Santa Bárbara não respondeu aos questionamentos do Portal Atualidade até o fechamento dessa matéria.  

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