02/05/2017 às 11h17min - Atualizada em 02/05/2017 às 11h17min

Dia do Trabalho tem protestos, prestação de serviços e shows pelo país

Redação
Fotos: Agência Brasil
O 1º de maio foi marcado por atos contra as reformas trabalhistas e da Previdência Social, prestação de serviços ao trabalhador e apresentações de artistas.
 
Veja como foi a data em algumas capitais: 
 
São Paulo
 
Na Praça Campo de Bagatelle, zona norte da capital paulista, o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, disse que nesta terça-feira (2) representantes das centrais sindicais irão ao Senado Federal para negociar possíveis mudanças nas reformas trabalhista e da Previdência Social. “Não aceitamos a reforma trabalhista como está. E vamos para a Câmara. E vamos para o governo. Se o governo Temer quiser, nós estamos dispostos a negociar. Agora, se o governo não abrir negociação, se o governo não discutir com centrais, se o governo não mudar essa proposta, nós vamos parar o Brasil novamente”, disse Paulinho da Força.
 
Na Avenida Paulista, no ato promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), outras centrais destacaram que o evento serviu para reafirmar a greve geral realizada na última sexta-feira (28). “Ficou claro que o Brasil é contra as reformas [trabalhista e da Previdência] propostas pelo Michel Temer. Por isso a greve geral foi um sucesso”, avaliou Vagner Freitas, presidente da CUT.
 
Após o ato, os participantes saíram em caminhada em direção à Praça da República, onde foram realizadas apresentações culturais.
 
Rio de Janeiro
 
Na Cinelândia, centenas de pessoas se reuniram nas escadarias da Câmara de Vereadores em ato contra as reformas e a violência policial. Na última sexta-feira (28), a polícia usou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para dispersão dos manifestantes, causando um corre-corre.
 
Sindicalistas, lideranças sociais e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acusam a Polícia Militar de ter agido de forma excessiva e ter inviabilizado o comício, que marcaria o fim da greve geral na cidade.  Em nota, a PM diz que agiu para combater a ação de vândalos. No mesmo dia, grupo de manifestantes e policiais se enfrentaram em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alejr) e ônibus foram incendiados em outro ponto da cidade.
 
No outro extremo do centro do Rio, na Praça Mauá, a prefeitura promoveu prestação de serviços, como inscrição para candidatura de vagas de emprego em empresas, e shows de artistas como Michael Sulivan e Xande de Pilares.
 
Recife
 
Os manifestantes reuniram-se desde as 9h na Praça Oswaldo Cruz, no bairro da Boa Vista, e saíram em caminhada por volta de 11h, sentido Praça do Derby.
"Antes a gente brigava para reduzir a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. Hoje estamos brigando para manter a jornada, porque eles querem levar para 48 horas, ou até mesmo ditar 24 horas à disposição da empresa”, diz o presidente estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carlos Veras.
 








 
Belo Horizonte
 
Na região metropolitana de Belo Horizonte, foi realizada a tradicional missa do Dia do Trabalho, na Praça da Cemig, na cidade de Contagem. No ato, fiéis levaram faixas e cartazes com críticas às mudanças na Previdência e nas leis trabalhistas. A celebração foi conduzida por dom Otacílio Ferreira de Lacerda, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte. Questionado sobre as reformas, ele afirmou que "não podem ser feitas com imposição de decretos e abolição de direitos já conquistados". Em março, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) já havia se manifestado contra a reforma da Previdência.
 
Em decorrência da mobilização realizada na última sexta-feira (28), quando diversas categorias realizaram uma greve geral contra as reformas, as centrais sindicais não organizaram a tradicional marcha dos trabalhadores que ocorre em Belo Horizonte no dia 1º de maio.
 
Salvador
 
No Farol da Barra, ponto turístico da capital baiana, um trio elétrico foi o palco de discursos das lideranças sindicais e de atrações culturais, como bandas de axé e forró.
“Este é um ano ímpar, porque os direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores estão sofrendo ataques muito duros e eu diria que estão sendo sequestrados. Querem rasgar a CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] e querem rasgar a Previdência”, disse o presidente estadual da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Aurino Pedreira.
 
Durante todo o ato, os participantes pediam, em faixas e cartazes, eleições diretas e a suspensão das propostas relacionadas aos direitos do trabalhador.
 
Brasília
 
Na capital federal, o ato foi marcado por discursos com críticas às reformas convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). Segundo a central sindical, as reformas prejudicam os trabalhadores. Foram realizadas atividades culturais e de recreação para as crianças.
 
Em mensagem pelo Dia do Trabalho, divulgada por meio das redes sociais, o presidente Michel Temer disse que a reforma das leis trabalhistas que tramita no Congresso Nacional faz do 1º de Maio deste ano um “momento histórico”.
 
Temer afirmou que a “modernização das leis trabalhistas” criará emprego para os jovens e concederá direitos a trabalhadores que antes não tinham, como os temporários. “Além de mais empregos, o resultado será mais harmonia na relação de trabalho, e, portanto, menos ações na Justiça”, disse o presidente.
(Fonte: Agência Brasil)

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