Caroline Guimarães do Nascimento, de 27 anos, sofre de transtorno de bipolar, mas relata que não consegue consultar com um psicólogo no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) II, em Santa Bárbara d’ Oeste, uma vez que a única funcionária da área que trabalhava no local está em licença-maternidade, segundo ela. A munícipe relata também demora para consulta com psiquiatra e problemas estruturais no local.
De acordo com Caroline, ela tem crises constantes, mas não consegue ser atendida por uma psicóloga no CAPS II. “Eles colocam algumas pessoas que vão ali para varrer ou fazer bordado. Pode até funcionar para eles. Mas eu preciso conversar com um psicólogo. Eu já tentei me suicidar diversas vezes”, relatou.
Ela conta que foi orientada a procurar um pronto-socorro quando estiver em crise, mas que isso não adianta. “Na hora eles me dão uma injeção e eu me acalmo e durmo. Mas depois que acordo, volto a me sentir mal”, declarou Caroline.
A jovem é natural de Itapuí, cidade do interior de São Paulo, e já mora em Santa Bárbara há alguns meses. Ela relata que passou com um psiquiatra no CAPS II em novembro e o médico manteve os medicamentos que o especialista da cidade natal dela tinha passado. Porém, ela reclamou, uma vez que o remédio lhe causa fortes dores no estômago, mas mesmo assim ele foi mantido.
Com isso, as dores no estômago voltaram e se agravaram. “Só consegui marcar com o psiquiatra em janeiro, mas preciso trocar meu remédio. Disseram que a fila de pessoas para ele atender é muito grande”, relatou Caroline.
Ela conta também que o CAPS II está com falta de funcionários e problemas em equipamentos, sendo que diversas cadeiras estariam quebradas.
A Prefeitura de Santa Bárbara não respondeu aos questionamentos do Portal Atualidade até o fechamento dessa matéria.
Foto: Reprodução/ Google Street View
_(1).png)