Após a Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal na última sexta-feira (17) e que apontou fiscalização irregular de frigoríficos no Brasil, alguns países importadores anunciaram restrições temporárias à entrada de carne brasileira, entre eles a União Europeia, Coreia do Sul e China.
Hoje (20), o presidente Michel Temer afirmou que o agronegócio não pode ser desvalorizado por um "pequeno núcleo" e por uma "coisa que será menor". Ele defendeu o sistema sanitário e reafirmou que os frigoríficos investigados representam um número pequeno do total.
A investigação da PF apontou um esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos no país. No total, são 21 empresas investigadas, entre elas as maiores do setor. Até o momento apenas 3 frigoríficos foram interditados.
A operação envolve grandes empresas, como a BRF Brasil, que controla marcas como Sadia e Perdigão, e também a JBS, que detém Friboi, Seara, Swift, entre outras marcas, mas também frigoríficos menores, como Mastercarnes e Peccin, do Paraná.
Segundo as associações do setor de carnes, de forma preventiva cinco unidades já foram suspensas. Dessas empresas, 4 estão impedidas de exportar para a União Europeia, e uma para Hong Kong. As unidades não podem operar nem no mercado interno.
Restrições à carne brasileira
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