12/06/2017 às 20h12min - Atualizada em 12/06/2017 às 20h12min

Nobel da Paz lança campanha global pelo fim do trabalho infantil

Redação
Internet
Celebrado hoje, 12 de junho, o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, foi lançado em Brasília pelo indiano Kailash Satyarthi, prêmio Nobel da Paz de 2014, a campanha 100 Milhões por 100 Milhões, contra o trabalho infantil e toda forma de exclusão de crianças e adolescentes. O objetivo é mobilizar 100 milhões de pessoas, estimulando especialmente os jovens, a lutar pelos direitos de crianças em situação de vulnerabilidade.

“O aspecto mais importante é que a campanha seja dirigida pelos jovens. Queremos engajar no mínimo 100 milhões de crianças e adolescentes que possam ser a voz das que são desfavorecidas. Então, a partir da internet, os jovens podem pedir aos governantes que invistam em educação e no desenvolvimento social. E, também, usar as mídias sociais para desafiar as empresas que usam o trabalho infantil na sua cadeia de produção”, disse, defendendo que é preciso investir em proteção e desenvolvimento social para as famílias, em saúde e educação.

No Brasil, 2,7 milhões de crianças e adolescentes brasileiros estão em situação de trabalho, com crescimento na população de 5 a 9 anos. Para o coordenador nacional da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, a faixa etária demostra uma tendência para o trabalho infantil, o que significa que, nos próximos anos, pode haver crescimento em outras faixas etárias.

Em todo o mundo, cerca de 168 milhões de crianças são obrigadas a trabalhar, sendo que 85 milhões delas estão envolvidas em trabalhos considerados perigosos.

A campanha foi lançada há cinco meses na Índia e em Bangladesh e, agora, no Brasil. Neste ano, mais sete países irão se engajar e, no próximo ano, mais 40. No total, em três anos, o movimento estará lançado em 100 países.



“As pessoas estão descontentes com seus políticos e, por isso, há um engajamento muito grande”, disse Satyarthi, explicando que a campanha também ocorre em parceria com uniões de professores e universidade, como Harvard, Oxford e London School of Economics.



 
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