18/03/2017 às 11h21min - Atualizada em 18/03/2017 às 11h21min

Saque do FGTS deve injetar mais de R$42 bilhões na economia brasileira

Barbarenses vão usar o dinheiro para quitar dívidas

Redação
O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, do Governo Federal estima que o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, deve injetar na economia brasileira R$ 48,2 bilhões, em 2017, com um impacto de aproximadamente 0,7% sobre o Produto Interno Bruto (PIB).
 
No primeiro dia de pagamento do Fundo de Pensão, trabalhadores e desempregados de Santa Bárbara d’ Oeste, foram unanimes em afirmar que vão usar o dinheiro para quitar dívidas.
 
Moradora da Vila Boldrin, Roseli Aparecida Bento, estava na fila, em baixo de sol, na expectativa de conseguir sacar um dinheirinho, e garantiu que vai utiliza-lo para pagamento de contas atrasadas.
“Vai ajudar colocar as contas em dia, com essa crise não dá para pensar em gastar”, afirmou.
 
Pablo Ricardo de Lima, 37 anos, é pintor industrial e há meses está parado. “Faça sol, faça chuva é até gratificante ficar nessa fila. Esse dinheiro vai fazer a diferença, vou pagar as contas atrasadas e fazer a dispensa de casa”, falou emocionado.
 
Mesmo sem saber quanto tem para receber, o vendedor Wilson José das Chagas, que está parado há tempos, estava há mais de duas horas na fila para sacar seu FGTS. “Graças a Deus para quem está desempregado, pra quem não tem de onde tirar, essa medida do governo caiu do céu. E a gente está aqui nesse calor para ver o que sai, to ansioso para resgatar esse dinheiro e pagar as contras atrasadas. Se sobrar um bocadinho quero curtir uma balada”.
 
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Americana (Acia), Dimas Zulian, informou que nos próximos dias será divulgado um levantamento do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), com a quitação de dívidas dos inadimplentes. “Na nossa percepção a entrada de dinheiro no bolso do consumidor já fez com que ele passasse antecipadamente a quitar suas dividas, e consequentemente recuperar seu credito na praça”, ressaltou Zulian e complementa que o ato de consumir é bom pra economia como um todo. “Acaba gerando renda e emprego, além de ser bom pra saúde financeira das empresas e bom para o bem estar da população”.

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