A presença de animais de grande porte – bois e cavalos – pelas vias públicas de Nova Odessa tem sido fato comum na rotina da cidade. Eles circulam tranquilamente por ruas e avenidas, pastam às margens de rodovias e removem sacos de lixo à procura de alimentos.
O assunto já foi pauta de reuniões do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) e a preocupação foi levada ao Poder Público. O presidente do órgão, Eduardo Mota, disse que não houve avanço por parte da administração municipal.
“Já cientificamos o poder público municipal através do responsável pela segurança do município, mas as coisas não andam, continuam sempre dessa forma”, afirmou. Segundo ele, a via ‘campeã de aparecimento de animais soltos é a avenida Ampélio Gazzetta. “São casos recorrentes e já tivemos alguns acidentes e não há providências por parte da administração”, acrescentou.
Segundo o presidente do Conseg, há lei no município que trata desse assunto, mas não é respeitada tanto pelos gestores como pelos proprietários dos animais. “Um animal desses pode matar uma família, além dos danos materiais”, pontuou.
O técnico em segurança do trabalho e mebro da Associação dos Moradores do bairro Jardim Maria Helena , Fábio Rodrigo Simões, disse que são comuns flagrantes de cavalos soltos pelas ruas do bairro. “Eu e outros colegas com frequência recebemos queixas por conta de animais soltos pelo bairro porque fazemos parte da diretoria da associação de moradores. Já denunciamos diversas vezes e a prefeitura não toma nenhuma ação efetiva”, reclamou.
Outro lado Por meio da assessoria de imprensa, a Prefeitura de Nova Odessa informou nesta segunda-feira (30), que não recebeu nenhuma reclamação nas últimas semanas.
A administração informou que tem conhecimento do problema e as equipes do Setor de Trânsito e Zoonoses apreenderam, meses atrás, oito cavalos e o setor responsável pela fiscalização é o Trânsito, quando os animais estão soltos em vias públicas.
Segundo a prefeitura, os animais foram apreendidos e levados para sede da Associação Protetora dos Animais. Houve a identificação dos proprietários, três deles pagaram a taxa de apreensão mais a diária e recuperaram os animais.
“Entretanto, houve o furto de um cavalo e outros quatro acabaram escapando neste mesmo dia. O caso foi registrado na Polícia Civil”, informou em nota. A lei municipal que trata sobre o assunto prevê que, caso o proprietário não reclame o animal, depois de 15 dias apreendido, ele pode ser doado ou leiloado.
A prefeitura concluiu informando que deu início ao processo de contratação de uma empresa responsável pelo trabalho de recolha dos animais soltos.