Há um ano e meio uma receita caseira uniu três gerações de uma mesma família. Depois de alguns problemas financeiros e de enfrentar a depressão, a artista Gabriela Fagionatto Zancopé, decidiu dar a volta por cima e se unir à mãe Marcela Fagionatto e à avó Neide Scomparim Fagionatto na produção de porcelanas.
Desde então, o trabalho-terapia virou fonte de renda, saúde e sucesso para o trio que, em tempos de velocidade da informação, vem movimentando e lucrando nas redes sociais com a empresa familiar Meraki – do grego fazer com alma, criatividade ou amor, colocar parte de si em algo que está a fazer.
Gabriela conta que diante da situação triste a caótica, a mãe buscou o ofício da avó para começar a trabalhar. “A minha avó pinta porcelana e faz isso há mais de 40 anos, no início elas participaram de feiras de artesanato, era gostoso, mais não era algo lucrativo, até que eu comecei a me interessar e pintar também”, lembra.
A artista conta que quando iniciou a divulgação pela internet, ainda era tudo muito amador, mas havia amor e devoção ao que era produzido. “No início da nossa jornada, buscamos muito a imagem da Nossa Senhora, como pessoas de fé e que precisavam de fé para continuar, nos agarramos à imagem dela e nossos produtos partiram da segurança que ela nos passava. Nossa primeira linha inclusive, foi feita da Nossa Senhora, para trazer a devoção a ela”, lembra a artista.
Com trabalho e fé as artistas tiveram o reconhecimento e construíram a popularidade no Instragram. “Com muito trabalho e cursos sobre marketing digital fomos aumentando as nossas vendas, até chegar no resultado de hoje”, comemora.
A empresa cresceu, a produção idem. Hoje a Meraki conta com cinco colaboradores para uma produção mensal de cerca de 400 peças. Segundo Gabriela, grande parte o trabalho produzido é personalizado. “Os produtos personalizados são os mais pedidos. Acredito que esse modelo é crescente no mercado, cada dia as pessoas buscam mais o aconchego do ‘feito para ela’ e ainda vemos grandes marcas apostando no mercado personalizado”, aponta.