01/05/2019 às 12h33min - Atualizada em 01/05/2019 às 12h33min

Paciente que teve dengue em Americana relata sofrimento com a doença

Além de febre alta, dores e manchas em todo corpo, a coceira se tornou algo insuportável

ANDRE LUIS CIA
Divulgação
O último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde de Americana no dia 30 de abril deste ano, apontou que 1.254 pessoas contraíram dengue no município nos quatro primeiros meses deste ano. O número de casos positivos é infinitamente superior ao registrado durante todo ano passado com apenas 18 confirmações da doença. O americanense Renan Felipe da Cunha, de 26 anos, é um dos pacientes diagnosticados com dengue em Americana. Além de ter de afastar do trabalho, foi obrigado a conviver com os sintomas e sequelas da doença que, segundo ele, são insuportáveis e incômodos.

Cunha relembra que, na sexta-feira da semana passada, por volta das 22h, quando foi tomar banho sentiu que o seu corpo estava estranho, mas nem desconfiou do que podia ser. Imaginou que talvez fosse cansaço porque trabalha como inspetor de qualidade em turnos na Goodyear, no entanto, quando saiu do banho foi obrigado a se agasalhar e a usar cobertores porque sentia muito frio. Durante aquela madrugada teve febre alta, muita dor de cabeça e transpirava bastante. Chegou a tomar Neosaldina, indicada para dor de cabeça, na tentativa de amenizar os sintomas, principalmente as dores que estava sentindo. “Depois fui saber que esse remédio só agravou o problema. Deveria ter ido direto ao médico”.

No outro dia pela manhã, mesmo se sentindo muito debilitado acordou cedo e decidiu ir ao trabalho permanecendo em sua função até às 11h da manhã quando então procurou pelo ambulatório da empresa. “A médica que me atendeu viu as manchas no corpo. O meu peito estava todo vermelho. Ela mediu a febre e constatou que eu estava com dengue”. Cunha foi direto para o hospital da Unimed no sábado por volta do almoço onde fez exames, tomou soro e os resultados deram negativo.  

De acordo com o rapaz, ficou ainda mais um dia com muitas dores pelo corpo e se sentindo muito mal. Só então, decidiu retornar à Unimed porque os sintomas haviam piorado. Aliado às fortes dores no corpo, Cunha diz que tinha manchas por todas as partes, principalmente nas costas e no pescoço. Fez novos exames, tomou soro, e desta vez, o resultado deu positivo: estava com dengue. “O médico receitou que eu tomasse muita àgua e soro caseiro, além de repouso absoluto”.

Somente no quinto dia, Cunha sentiu os sintomas diminuírem.  As manchas desapareceram e as dores foram cessando gradativamente, mas outro problema apareceu: a coceira. Ele aponta que essa foi uma das piores partes da doença, pois naquela noite não conseguiu “pregar os olhos”, tamanha foi a coceira-  amenizada com um antialérgico-.

Hoje, curado da doença, Cunha retomou sua rotina normal com trabalho e ida á academia, mas ele garante que foram dias horríveis. O jovem faz um alerta para que as pessoas se previnam e cuidem para que o foco transmissor da doença não se prolifere em suas residências e comércios, já que a sensação de ter dengue é bastante incômoda.  







 
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