Há cinco dias, a família da garçonete barbarense Isabele Jacordino vive um drama. Segundo ela, seu irmão caçula de quatro anos, está com febre alta, cerca de 40 graus, e é levado pela sua mãe Charlice Fernanda até o PS (Pronto Socorro) Dr Afonso Ramos, em Santa Bárbara, e volta para casa na mesma situação, ou seja, com febre, após esperar horas seguidas na fila por atendimento, e depois mais tempo ainda até ser medicado. Nos dois últimos dias, segunda-feira (22), e nesta terça-feira (23), ela alega que a demora levou mais de oito horas. “Se não bastasse o tempo para ele ser atendido, infelizmente, nenhum médico conseguiu até agora encontrar a cura e baixar a febre do meu irmão. É uma criança, requer atenção redobrada. O que minha mãe tem feito é levá-lo para casa porque moramos em frente do hospital. Daí ela dá um banho nele para ver se a febre baixa um pouco e retorna para a fila”, explicou Isabele. Nesta terça (23), ela contou que a mãe e o irmão chegaram ao local às 8h manhã e foram atendidos somente às 15h39, e que sua mãe lhe passou uma mensagem de dentro do PS de que a enfermeira havia avisado que para a criança ser medicada duraria cerca de duas horas ainda em média. “É um descaso muito grande com a população que necessita da saúde municipal. Tem apenas um médico para atender todos estes pacientes e basta olhar a situação de cada um deles. Pessoas idosas e crianças que estão aqui desde manhã. Há muitos sentados no chão e nos corredores”. A reportagem procurou pela assessoria de imprensa da Prefeitura de Santa Bárbara para saber sobre a demora no atendimento e o quadro de profissionais atuando no momento, mas até o fechamento desta matéria não havia tido um retorno.