08/04/2019 às 16h58min - Atualizada em 08/04/2019 às 16h58min

Quem é o novo ministro da Educação, Abraham Weintraub?

Economista que assume o Ministério da Educação diz que é necessário vencer o 'marxismo cultural no ambiente universitário'

Agência Estado
AGENCIA ESTADO

Indicado nesta segunda-feira, 8, para assumir o ministério da Educação após a demissão de Ricardo Vélez Rodríguez, o economista Abraham Weintraubtambém é seguidor das teorias do escritor Olavo de Carvalho. Ele defende que é preciso vencer o chamado "marxismo cultural" das universidades a partir dos ensinamentos do guru do bolsonarismo. Weintraub disse, no entanto, que não segue 'ipsis litteris' as ideias de Olavo

Essa ideia foi apresentada por ele em dezembro a apoiadores do presidente Jair Bolsonaro durante um evento organizado por um de seus filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), em Foz do Iguaçu (PR). “Dá para ganhar deles. É Olavo de Carvalho adaptado”, disse Abraham. “E como ganhamos deles? Não sendo chatos. Temos que ganhar com humor e inteligência”.

Na época, Abraham Weintraub e seu irmão, Arthur, eram responsáveis por pensar a reforma da Previdência na equipe de transição do governo. Quando Bolsonaro assumiu a Presidência, Weintraub foi indicado como secretário-executivo da Casa Civil e Arthur foi para a equipe do ministro Paulo Guedes (Economia). Ele o irmão apoiaram o presidente desde antes do início da campanha eleitoral.
Na Cúpula Conservadora das Américas, Weintraub falou à plateia que os militantes de direita deveriam adaptar as teorias de Olavo para vencer os embates teóricos com os militantes de esquerda, inclusive adotando o seu jeito de falar com xingamentos. "Quando ele (um comunista) chegar para você com o papo 'nhoim nhoim', xinga. Faz como o Olavo de Carvalho diz para fazer. E quando você for dialogar, não pode ter premissas racionais", disse no evento.

Apesar de integrar a parte econômica do que seria o futuro governo, Weintraub aproveitou a temática do evento para focar seu discurso no combate ao pensamento de esquerda. Os irmãos contaram que desde que começaram a ajudar Bolsonaro, ainda em 2017, enfrentaram muita resistência no meio acadêmico.

No evento de Foz do Iguaçu, o agora ministro também disse que o País precisava "parar de fazer bobagem" para se chegar a uma situação ideal, defendeu o "expurgo do comunismo" e disse que era preciso evitar ameaças como ataques terroristas islâmicos para que o Brasil se tornasse "um dos países mais pacíficos do mundo". 

 

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