03/04/2019 às 12h29min - Atualizada em 03/04/2019 às 12h29min

Guarda de Americana oferece curso de defesa pessoal às mulheres

Atividade vai reuni mulheres atendidas pela Patrulha Maria da Penha

Prefeitura de Americana
Assessoria de imprensa
Foto: Divulgação/Prefeitura de Americana
A Guarda Municipal de Americana, dando sequência às ações de atendimento e acolhimento a mulheres vítimas de violência, realiza no próximo sábado, dia 6, o curso “Reage Maria”, das 9 às 12 horas, na sede da corporação. A atividade reunirá 34 mulheres atendidas pelo programa Patrulha Maria da Penha, que aprenderão noções de defesa pessoal e como identificar possíveis situações de perigo e como agir nesse caso. Além disso, será um espaço para que essas mulheres externem suas angústias e preocupações. “Quando conversamos com mulheres vítimas de violência atendidas pelo Patrulha Maria da Penha é comum ouvirmos queixas de que falta um espaço de acolhimento onde possam ser ouvidas”, afirmou o inspetor Fernando Faria, um dos patrulheiros à frente do programa.

Atualmente, o programa Patrulha Maria da Penha atende 42 mulheres. Todas foram convidadas a participar da atividade de sábado e 34 se inscreveram. No entanto, o intuito da Guarda Municipal é realizar outros encontros ao longo do ano e, com o tempo, abrir para todas as mulheres que têm interesse em participar.

A proteção à mulher vítima de violência tem início quando a Gama recebe do Poder Judiciário o nome de mulheres que estão sob medida protetiva. A informação é repassada para a Central de Controle, que possui um arquivo específico para casos dessa natureza. Assim, se a vítima precisar de socorro e contatar a guarda pelo número 153, o controlador acessa o nome da vítima com o respectivo endereço e encaminha uma viatura até o local.


A medida protetiva também é encaminhada à equipe do Patrulha Maria da Penha, que entra em contato com a vítima e a questiona se pretende aderir aos procedimentos adotados pela corporação, como o levantamento de informações sobre o agressor e visitas periódicas à mulher agredida. Todo esse trabalho é focado no acolhimento e no atendimento humanizado, com respeito aos valores, crenças e fragilidades da vítima. Nessa etapa, os patrulheiros oferecem a possibilidade de a mulher instalar o aplicativo do Botão do Pânico em seu celular. O aplicativo foi lançado em dezembro do ano passado como mais uma ferramenta para auxiliar mulheres vítimas de violência.

Quando a mulher aciona o Botão do Pânico, um sinal de alerta é enviado à Central da Guarda Municipal, que envia uma viatura até o endereço da vítima para salvaguardá-la de qualquer ameaça a sua integridade física. O aplicativo permite, ainda, que a vítima cadastre contatos de pessoas próximas para que também recebam alertas em caso de ameaça, por SMS e e-mail. O app oferece, também, dados de geolocalização caso vítima e agressor estejam em movimento, dentro de um carro, por exemplo. Vale ressaltar que o aplicativo só pode ser instalado por um guarda municipal.

Todos os guardas civis municipais estão aptos a atender ocorrências relacionadas à violência contra a mulher. Mas, atualmente, quatro patrulheiros fazem parte do programa específico adotado pela corporação para acompanhar, auxiliar e fiscalizar o cumprimento de medidas de proteção às mulheres que aceitaram aderir ao programa. Os guardas que fazem parte do projeto passaram por capacitação, em que foram discutidos temas como legislação, operacionalização dos trabalhos e técnicas específicas para o patrulhamento voltado na prevenção da violência contra a mulher. O treinamento é contínuo e aborda questões como relações de gênero, direitos humanos e descumprimento da medida protetiva.

“A Guarda Municipal de Americana está atenta aos casos de violência doméstica e está buscando aperfeiçoar as ações para que as mulheres estejam protegidas e se sintam acolhidas”, disse o comandante Marcos Guilherme.

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