24/10/2018 às 11h53min - Atualizada em 24/10/2018 às 11h53min

Homem usa placa para pedir emprego nas ruas de Americana

Está desempregado há um ano e meio. As pessoas podem entrar em contato com ele através dos telefones 3604-4602 ou 98208-6644

Luis Capucci - [email protected]
Foto: Portal Atualidade/ William Tião
Há dois dias, uma visão inesperada chama atenção de quem passa pelas principais ruas e avenidas de Americana. Um homem tem andado por elas segurado uma placa com os dizeres “Sou técnico de informática. Preciso de emprego. Me ajudem”. Ele é Caio Marcus Bueno da Silva, de 28 anos, nascido em Campinas, mas que se mudou de Piracicaba para Americana há aproximadamente um ano e meio. As pessoas podem entrar em contato com ele através dos telefones 3604-4602 ou 98208-6644.



Por baixo da placa, ele leva 15 currículos para entregar para alguém que o aborde. Até o momento, isso não aconteceu. “As pessoas passam, olham e alguns até me cumprimentam. Mas até agora ninguém me parou não”, relata o técnico de informática.

A ideia de andar com a placa veio de uma matéria que ele viu que contava a história de um homem que fez o mesmo em Piracicaba e conseguiu um emprego. “Se deu certo para ele, não custa nada tentar, né?”, declarou Bueno.

Ele tem ensino técnico completo em informática, 14 anos de experiência em hardware trabalhando como autônomo, cinco meses com cargo de auxiliar de comércio e três anos como Analista de Redes na Santa Casa. Porém, desde que chegou em Americana, não consegue um emprego. “Eu estou procurando emprego aqui há um ano e meio já. As vezes acho que as pessoas veem meu currículo e acham que eu vou pedir R$3.000. Mas eu estou em um desespero tão grande que por R$ 1.000 eu já estou aceitando”, desabafou o técnico de informática.

Bueno mora com os pais. O pai também está desempregado e a mãe trabalha em Piracicaba. “Já estamos começando a atrasar o aluguel e a conta de água. A situação está muito difícil”, relatou o jovem.

Ele tem passado diariamente pelas avenidas Brasil, Iacanga e Campos Salles, ficando sempre perto de semáforos e de lombadas. “Eu não quero que ninguém me dê dinheiro. Eu quero um emprego”, disse o técnico de informática.
 
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