Os servidores publicos de Nova Odessa terão descontados de seus salários os dias não trabalhados durante a greve deflagrada pela categoria a partir do dia 27 de abril. A determinação é do Supremo Tribunal Federal, conforme nota oficial, da Prefeitura.
No relatório da decisão do STF, o ministro Luís Roberto Barroso afirmou que o administrador público não só pode, mas tem o dever de cortar o ponto. "O corte de ponto é necessário para a adequada distribuição dos ônus inerentes à instauração da greve e para que a paralisação, que gera sacrifício à população, não seja adotada pelos servidores sem maiores consequências", afirmou.
Júlio Camargo, secretário de Administração de Nova Odessa, explica que a decisão do STF é clara. "A Diretoria de Recursos Humanos já está ciente da determinação e deverá proceder os descontos dos eventuais dias parados", afirmou Camargo. O secretário ainda acrescentou: "diferente do que ocorreu na última greve, o desconto será realizado de ofício", explicou.
A greve é motivada pelo reajuste de 1% anunciado pelo Poder Público e contrasta com os mais de 11% solicitado pela categoria.
Segundo o prefeito Benjamim Bill Vieira de Souza, neste momento de crise que o país enfrenta, não há como conceder índica maior. “Mesmo com a crise, nunca atrasamos e nem parcelamos os salários dos servidores. A proposta feita ao sindicato prevê o total de 4,70% de reajuste, sendo 1% de reajuste em março, 1% em setembro e 2,70% em dezembro. A cesta básica passa de R$ 405 para R$ 430 (aumento de 6,18%) e a cesta de Natal, passa de R$ 110 para R$ 430 (aumento de 290,09%), além do atendimento de outros itens da pauta de reivindicação. É o que podemos fazer neste momento, o que representa percentuais de reposição acima da inflação e aumento real", afirmou o prefeito Benjamim Bill Vieira de Souza.
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