Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), através do Ministério do Trabalho, aponta que no mês de março o Brasil perdeu 63.624 vagas de emprego formal. No mesmo mês do ano passado, a retração foi de 118 mil postos de trabalho. No mês passado a variação negativa foi de -0,17% em relação a fevereiro. Foram 1.261.332 admissões contra 1.324.956 desligamentos. No acumulado do ano, a queda foi de 64.378 postos de trabalho.
Já no mês de fevereiro, o saldo foi positivo com a criação de 35.612 vagas formais, após 22 meses seguidos de queda.
O comércio foi o setor que registrou maior retração em março, com o fechamento de 33.909 postos, seguido do setor de serviços, com o desligamento de 17.086 vagas, construção civil, perdeu 9.059 postos, a indústria de transformação -3.499 postos e agricultura -3.471 postos.
Região Nos municípios da base do Sincomercio (Sindicato dos Lojistas e do Comércio Varejista de Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara d’Oeste), o setor varejista fechou em março 75 postos de trabalho, resultado melhor que o de fevereiro – quando foram encerradas 97 vagas. No mesmo período do ano passado houve redução de 60 empregos formais no setor.
Segundo o ministério do Trabalho, tradicionalmente, os resultados de março sofrem forte influência de fatores sazonais negativos. Um exemplo, segundo o órgão, é o comércio varejista, que se apresenta negativo no mês de março, mesmo em anos de forte crescimento econômico.
A assessora econômica do Sincomercio, Caroline Miranda Brandão, explica que apesar de os números terem ficado fora da expectativa otimista do mercado, é natural que o crescimento do emprego ainda não tenha sentido os reflexos da economia. “A geração de empregos é um dos últimos fatores a sentir a melhora da economia. O importante é que, no geral, o país tem mostrado recuperação na produção, e a abertura de postos de trabalho é uma conseqüência natural e deve acontecer gradativamente”, explica. (com informações da Agência Brasil)