03/07/2018 às 18h08min - Atualizada em 03/07/2018 às 18h08min

Prefeito Omar Najar recusa convite para depor na CEI da Saúde de Americana

Amanda Sabino - [email protected]
Foto: Marília Pierre / Prefeitura de Americana
O prefeito de Americana, Omar Najar (MDB), recusou o convite para depor na CEI (Comissão Especial de Inquérito) da Saúde, que investiga supostos fatos ilegais, irregulares, atos e omissões relacionados ao Hospital Municipal “Dr. Waldemar Tebaldi” e à Fundação de Saúde de Americana (FUSAME).
 
Na carta, destinada à presidente da comissão, a vereadora Maria Giovana Fortunato (PCdoB), o prefeito diz que a condução da CEI foi desvirtuada e que a comissão tem sido utilizada como palanque político. “É público e notório que ao longo dos trabalhos a condução da referida CEI foi desvirtuada. Esse importante instrumento, previsto na nossa Lei Orgânica para apuração de fatos determinados no âmbito municipal, tem sido utilizado por parte de seus membros como mero palanque político, extrapolando o objeto de investigação e investindo com suposições falaciosas até mesmo contra aspectos da vida pessoal e familiar do prefeito municipal”, diz um trecho do documento.
 
O prefeito cita, ainda, que recusará o convite em função da comissão ter se tornado um palco para práticas políticas que visam a exposição na mídia com vistas no pleito eleitoral, uma vez que Maria Giovana é pré-candidata a deputada federal. “Diante desse cenário de hostilidade e conversão da CEI em palco para práticas políticas abjetas visando projeção midiática, quiçá com vistas ao cenário eleitoral que se aproxima, declino o convite dessa Comissão Especial de Inquérito”, afirma o prefeito.
 
A carta, assinada por Najar, se encerra dizendo que o prefeito está seguro de suas ações como prefeito e com suas condutas pessoais. “Estou seguro da correção das minhas ações como governante e conduta pessoal. Reitero, ainda, meu desejo de que as investigações sejam concluídas de forma serena e equilibrada”, cita o texto.
 
O relator da CEI, o vereador Thiago Martins (PV), disse que a recusa do convite do prefeito não prejudica em nada o trabalho da CEI e que é um direito de Omar Najar. “Eu vejo que é um direito do prefeito. Quando a presidência comentou de convoca-lo foi eu que orientei que não tínhamos o poder de convoca-lo, mas sim de convidá-lo. Não vejo problema nenhum no fato dele não vir, até porque não é objeto do assunto ouvir o prefeito. A gente tem que pegar as oitivas dos médicos, dos secretários e das pessoas que lá estavam. Então, vejo que é um direito dele e acho que a não vinda dele não prejudica em nada os trabalhos da CEI”, disse.

Questinada sobre o assunto, por meio da assessoria de imprensa, a vereadora Maria Giovana não se manifestou até o fechamento da matéria. 

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