06/04/2018 às 16h57min - Atualizada em 06/04/2018 às 16h57min

PF investiga fraudes na merenda escolar em Americana e Santa Bárbara

Agência Estado
Foto: Divulgação
A Polícia Federal (PF) em São Paulo deflagrou na manhã desta sexta-feira, 6, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo (Gaeco), a Operação Cadeia Alimentar, que investiga associação criminosa e fraude a licitações da merenda escolar em pelo menos 32 prefeituras paulistas, na região de Ribeirão Preto.

Oito mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão em diversas cidades do Estado são executados por 180 agentes federais.


As cidades alvo da operação são Aguaí, Altinópolis, Americana, Barretos, Cubatão, Guaíra, Guariba, Guarulhos, Iperó, Itápolis, Jaboticabal, Jandira, Jarinu, Limeira, Luiz Antônio, Mirassol, Mococa, Orlândia, Paulínia, Peruíbe, Pirassununga, Pontal, Promissão, Santa Rosa de Viterbo, Santa Bárbara d’Oeste, Santos, São Carlos, São Joaquim, São Roque, São Vicente, Sorocaba e Vargem Grande do Sul.

A investigação revelou que o proprietário de distribuidoras de alimentos sediadas em Brodowski (SP), e seus funcionários, "associaram-se com representantes de outras seis distribuidoras de outras cidades do estado para, em conjunto, fraudar licitações destinadas à compra de gêneros alimentícios, notadamente carne, para inclusão na merenda escolar e cestas básicas".

Segundo a PF, os integrantes do grupo "se organizavam para ajustar de forma prévia a divisão de itens e preços ofertados e também para incluir produtos e exigências específicos em editais".

A PF destacou que os investigados vão responder, na medida de suas participações, por associação criminosa, falsidade ideológica, fraude a licitações, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro, com penas que podem atingir até 34 anos de prisão e multa.


A Prefeitura de Santa Bárbara d'Oeste, por meio da assessoria de imprensa, informou em nota que "
O Município recebeu ofício do Ministério Público Federal, através da Promotoria de Justiça local, solicitando o envio de informações - as quais foram disponibilizadas na manhã desta sexta-feira". 

Questionada sobre o assunto, a Prefeitura de Americana, também por meio da assessoria de imprensa, disse que não foi notificada oficialmente e soube do caso por meio da imprensa. "A Prefeitura de Americana não foi notificada oficialmente, mas tomou conhecimento por meio da imprensa. Dessa forma, vai abrir sindicância para apurar os fatos", informou por e-mail. 

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