05/04/2018 às 20h10min - Atualizada em 05/04/2018 às 20h10min

Prefeitura dedetiza creche em horário de aula e funcionários passam mal em S. Bárbara

Amanda Sabino - [email protected]
Foto: Reprodução Vídeo
Nesta quinta-feira (5), funcionários da EMEI Clotilde Teixeira Cullen, em Santa Bárbara, passaram mal e precisaram ser socorridos pelo resgate do Corpo de Bombeiros. O motivo? A prefeitura dedetizou a escola durante o período de aulas, com alunos e funcionários dentro do prédio.
 
Localizada no Jardim das Laranjeiras, a EMEI precisou interromper as aulas quando funcionários começaram a passar mal em função do forte cheiro do veneno utilizado na dedetização realizada nas dependências da unidade escolar, realizada pela prefeitura.
 
Após a ocorrência, o Corpo de Bombeiros foi acionado para prestar socorro aos funcionários e os pais foram convocados pela direção do local para buscar os filhos com urgência e evitar complicações em relação à saúde das crianças.
 
Num grupo do Facebook, uma mãe fez um post alertando os demais pais sobre o ocorrido. “Atenção às mães que têm filhos que estudam na Emei Clotilde Teixeira Cullen, em Santa Bárbara, no bairro Jardim das Laranjeiras, as diretoras estão pedindo que venham buscar as crianças porque passaram veneno na escola sem aviso e as colaboradoras estão passando mal. Para não atingir as crianças, elas pedem que busquem as crianças o mais rápido possível. Obrigada”.
 
Desde a manhã desta quinta-feira, o Portal Atualidade tentou contato com a secretária de educação, Tânia Mara, para pedir explicações sobre o caso, mas as ligações para seu celular não foram atendidas e não houve retorno em relação às mensagens deixadas em sua caixa postal.
 
Questionada sobre o assunto, a prefeitura, por meio da assessoria de imprensa, disse que foi um ‘problema pontual’ e que as aulas foram suspensas nesta quinta e sexta-feira. “A Prefeitura de Santa Bárbara d'Oeste informa que houve um problema pontual na execução dos serviços de controle de formigas e cupins por parte de empresa contratada. Em virtude disso, prezando pela segurança e saúde dos alunos e profissionais da unidade escolar - e com a devida supervisão da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros - as atividades na escola foram suspensas nesta quinta e sexta-feira. Tais atividades serão retomadas normalmente na próxima segunda-feira”, informou a nota. 
 

Vereador questiona Prefeitura
O vereador Antônio Carlos Ribeiro, o Carlão Motorista (PDT), por meio de requerimento protocolado hoje (5), pediu informações a respeito da situação.
 
No pedido de informações, Carlão afirma que nesta manhã, servidores da EMEI “Profa. Clotilde Teixeira Cullen” passaram mal em decorrência da dedetização da unidade escolar, sem que houvesse aviso prévio e o consentimento por parte dos servidores e pais de alunos.
 
“Muitos pais de alunos tiveram de sair de seus trabalhos para buscar os filhos nessa unidade de ensino, devido ao risco que corriam de contaminação com o veneno utilizado. Pelo menos duas professoras teriam passado mal e acabaram necessitando de atendimento médico, sendo encaminhadas pelo resgate do Corpo de Bombeiros ao Pronto Socorro Afonso Ramos”, afirmou Carlão antes de apresentar seus questionamentos.
 
No requerimento, o parlamentar indaga qual o procedimento padrão para a aplicação de veneno nas unidades escolares do Município e se, independentemente do tipo de veneno utilizado, a escola não teria de estar vazia para a correta e segura aplicação do produto.
 
Ainda no pedido de informações, ele questiona quem seria o responsável pela comunicação, agendamento do serviço ou mesmo qualquer outro ato que pudesse evitar a confusão ocorrida nessa escola e qual o tipo de veneno utilizado nessa dedetização específica. Por fim, o parlamentar pergunta se esse procedimento estava agendado, quem deveria ter avisado a direção da escola para suspender as aulas e se será aberto procedimento administrativo para apurar os fatos e eventualmente punir os responsáveis por essa negligência
 

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