27/03/2018 às 18h38min - Atualizada em 27/03/2018 às 18h38min

Menino de 11 anos tem meningite e caso assusta pais em escola de Americana

Amanda Sabino - [email protected]
Foto: Reprodução
Um menino de 11 anos, estudante do 6º ano da Escola SESI Mendel Steinbruch - CE 101, em Americana, está internado na Unicamp desde a semana passada com quadro de meningite. O caso assusta mães e pais de alunos da escola, porém a direção informou que não há riscos de transmissão e nem motivo de suspensão das aulas.
 
Segundo o diretor da unidade escolar, Ronaldo Nunes de Oliveira, pais e mães procuraram a direção na sexta-feira (23) em função de informações desencontradas que circulavam no Facebook e WhatsApp a respeito do caso de um aluno do 6º ano da escola (localizada no Parque Universitário), que estaria internado em estado grave com quadro de meningite.
 
“Na sexta-feira fomos procurados por alguns pais pedindo uma posição da escola a respeito de informações sobre um aluno nosso que estava internado com meningite. Imediatamente, fomos atrás do caso, para saber do que se tratava”, contou.
 
De acordo com o diretor, ele foi pessoalmente até o Hospital Estadual de Sumaré, onde disseram que o aluno estava, porém, quando chegou ao local foi informado de que ele havia sido transferido para a Unicamp. Oliveira contou que foi até Campinas para saber do estado de saúde do menino, mas que passaram um telefone da enfermaria do hospital para ele entrar em contato e a “enfermeira disse que não era possível repassar informações por telefone”.
 
Oliveira entrou, então, em contato com a Vigilância Epidemiológica de Sumaré, que informou que o caso estava sendo cuidado pela Vigilância Epidemiológica de Americana, que possivelmente entraria em contato com a escola. “Nos antecipamos e ligamos na vigilância aqui de Americana e falamos diretamente com a enfermeira Simone, responsável pela unidade. Ela nos passou informações a respeito do quadro do menino e disse que, como se tratava de uma meningite pneumocócica, não havia nenhuma recomendação de profilaxia nem necessidade de suspensão das aulas”, disse.
 
Para tranquilizar os pais e alunos da escola, a direção fixou cartazes no mural com informações a respeito da doença e as orientações repassadas pelo órgão de saúde do município. Mesmo assim, segundo o diretor, alguns pais ainda têm receio de levar os filhos na escola e há boatos sobre o caso circulando nas redes sociais. “A gente se preocupa, enquanto escola, uma vez que os pais estavam desesperados. Colocamos informações sobre o que é a meningite e as orientações da Vigilância Epidemiológica no mural, também encaminhamos essas informações nos e-mails dos pais e, por fim, postamos no Facebook da escola”, explicou.
 
Atualmente, de acordo com Oliveira, a unidade possui 710 alunos e apenas um aluno da escola teve meningite. Por isso, segundo ele, os pais devem ficar tranquilos, uma vez que há um parecer da vigilância dizendo que não há riscos transmissão da doença. “O que mais nos preocupa, neste momento, é tranquilizar os pais e afastar boatos e o desespero. Foi só esse aluno, não há risco de transmissão”, frisou.
 
No final da tarde desta terça-feira, uma mensagem em um grupo de WhatsApp de pais e mães de alunos da escola informava sobre o quadro do menino. “Falei agora com a dra ,ela disse que o sangue ainda não está coagulando muito bem (por isso a transfusão ), os rins continuam lentos porém melhorando, ele não teve mais febre desde sábado, a pupila esquerda está apresentando sinais de melhora, porém a pressão  arterial subiu, ele continua respirando por aparelhos, o quadro ainda é  considerado grave porém estável. ...vai ser assim até o fim. ...muita fé, paciência e confiança.. continuem orando por ele....ele está lutando....” (sic)
 
A Vigilância Epidemiológica de Americana, por meio da assessoria de imprensa, informou em nota que "trata-se de meningite bacteriana por pneumococo. Para esse tipo de bactéria não há recomendação para bloqueio, quer seja medicamentoso ou por vacina. A Vigilância esteve na residência do paciente e no SESI (Parque Universitário) para orientar os pais, professores e funcionários, a fim de que observem, por 30 dias, sintomas como dor de cabeça, febre, rigidez de nuca e vômito em forma de jato".

Questionada sobre o assunto, a Unicamp não se manifestou até o fechamento da matéria.
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