12/03/2018 às 15h48min - Atualizada em 12/03/2018 às 15h48min

​Homem esfaqueia cachorra e parte rosto do animal ao meio

Amanda Sabino
Foto: Divulgação
Uma cadela levou 12 facadas de um homem e teve seu rosto partido ao meio, além de diversos ferimentos pelo corpo. O caso aconteceu na última sexta-feira (9), em Campinas. A cachorra e o filhote foram resgatados por uma ONG de proteção animal do município.

De acordo com Fernanda Fabris, presidente da entidade de proteção animal LatiCão, o pedido de ajuda chegou até a ONG por intermédio de um post no Facebook. “Nós entramos em contato com a denunciante e fomos buscá-la em um bairro rural de Campinas, que fica entre o Outro Verde e o Vida Nova”, disse.

Segundo a presidente, um parente do tutor do animal, que sempre dorme na casa da família, foi o autor da agressão e alegou que a cadela o atacou. 


As voluntárias da ONG resgataram a cadela, que possui cerca de 5 anos de idade e não tem raça definida, e também seu filhote, como medida de proteção. Além disso, foi registrado um Boletim de Ocorrência no 2º DP de Campinas e, de acordo com Fernanda, elas aguardam, agora, o contato do 6º DP. “Hoje liguei lá e, até agora, não chegou na mão do delegado”, contou. 
 
A cachorra, batizada de Angel, e seu filhote, Alfredo, foram levados para uma clínica veterinária. Angel passou por uma cirurgia reconstrutora com duração de 3 horas e levou mais de 40 pontos. Ela passa bem, mas enfrenta, agora, um pós-operatório difícil e doloroso e ficará internada por um bom tempo. O filhote também está internado, aguardando os resultados dos exames.

“Para nós, o que mais dói é saber que, assim como a Angel, existem muitos outros animais, sofrendo coisas horríveis nas mãos de pessoas más. Às vezes, me sinto enxugando gelo, pois salvamos 1 e aparecem milhões de outros. Eu acredito que a impunidade e falta de leis que realmente protejam os animais, favorecem estas situações. Estamos muito tristes, pois, infelizmente, no Brasil isso é considerado um crime de menor potencial ofensivo e a pena máxima é de 1 ano. Normalmente, acaba dando em nada”, desabafou Fernanda.
A presidente frisou, ainda, que a ONG precisa de muita ajuda financeira para custear as despesas com os cães, que, segundo ela, já estão altíssimas. 

Os interessados em contribuir podem fazê-lo por meio da Vakinha Online "Todos pela Angel"

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