07/04/2017 às 18h29min - Atualizada em 07/04/2017 às 18h29min

Carga horária médica incompleta e prestação de contas rejeitadas são denunciadas na CEI da Pró Saúde

Redação
Reprodução
Três testenunhas prestaram depoimentos na CEI (Comissão Especial de Inquérito) que investiga o contrato entre a Prefeitura de Sumaré e a Pró-Saúde. os oitivas foram realizadas na tarde desta última quinta-feira, na sede do oder Legislativo. As revelações confirmam suspeitas de irregularidades investigadas pelos vereadores.

A primeira a depor foi a auditora do contrato na parte assistencial, Vanessa Gomes da Silva, que era responsável pelo relatório mensal encaminhado à prefeitura para fazer as melhorias cabíveis.  "Entregava para Luciane que repassava para a então secretária de saúde Fauzia Abou Abbas Raiza, inclusive sobre a falta de médicos e medicamentos”, disse. Vanessa também falou da "operação tartaruga", que teve início no final de agosto, por falta de pagamento aos médicos. “Em novembro deflagraram a greve. Os médicos não chegavam a faltar, mas não saíam para atender. Apenas um profissional fazia todo o atendimento", completou.

Bruno Reina, servidor concursado desde 2009 na prefeitura de Sumaré, conta que foi designado para trabalhar no planejamento da saúde no final de 2015 e revelou que a carga horária não era cumprida rigidamente por todos os médicos. "Eu ficava no controle das horas médicas desses profissionais e 90% não atingia a carga horária do mês. Tudo era repassado para análise do contrato, mas não tinha auditor das horas médicas. O gerente da unidade era quem repassava qualquer problema", revelou.

A transparência financeira foi outro assunto respondido pelo servidor Bruno. "A prestação de contas de 2014 foi rejeitada e o Tribunal de Contas apontou mais de uma situação, assim como as de 2015. Realizamos uma série de reunião, mas sempre foi muito difícil que eles (a Pró-Saúde) enviassem documentos", disse.

Outra testemunha ouvida foi Maria Luiza Guerra Martineli da controladoria interna. Ela informou que faltavam documentos na prestação de contas da Pró-Saúde. "Tem nota fiscal que chegava com a informação descrita como serviços prestados, mas não especificava quais eram estes serviços. E não foi uma, nem duas notas assim", revelou. Como responsável pelo controle interno, Maria Luiza afirmou que todos os erros encontrados foram apontados para a Pró-Saúde com a devida solicitação para a realização das correções necessárias. "Mas não recebi resposta com as correções. Só vi a prestação de contas novamente quando o Tribunal de Contas chegou. E não foram feitas as correções que apontei", comentou.

A secretária de saúde citada pelas testemunhas, Fauzia Abou Abbas Raiza, foi convocada para prestar depoimento, mas encaminhou pedido de adiamento para a próxima reunião da CEI. A data não foi definida hoje e será discutida pelos membros da Comissão.
A comissão é composta pelos vereadores Décio Marmirolli (PSB) como presidente, Marcio Brianes (PCdoB) como relator e como membros Valdir de Oliveira (DEM), João Maioral (PDT) e Prof. Edinho (REDE).

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