30/01/2018 às 14h49min - Atualizada em 30/01/2018 às 14h49min

Botijão de gás ficou 5% mais barato nas refinarias

Agência Estado
Foto: Pedro Ventura/ Agência Brasília
As altas no preço do gás de cozinha têm gerado muita insatisfação entre os consumidores brasileiros. No ano passado, houve aumento de 16%, causando um dos principais impactos no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Apesar da alta no ano passado, 2018 começou com uma notícia mais animadora: a Petrobras anunciou uma redução de 5% no preço do botijão de gás nas refinarias, a partir da última sexta-feira, dia 19 de janeiro.

O motivo da queda está ligado a uma revisão na política de preços do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), realizada pela diretoria executiva da Petrobras. Novos critérios para os reajustes de preço do GLP residencial foram definidos. A revisão, que antes era mensal, passou a ser trimestral, com vigência no dia 5 do início de cada trimestre 

Além disso, aumentos ou reduções acima de 10%, precisarão ser autorizadas pelo Grupo Executivo de Mercado e Preços.

"A Petrobras acredita que estes novos critérios permitirão manter o valor do GLP referenciado no mercado internacional, mas diluirão os efeitos de aumentos de preços tipicamente concentrados no fim de cada ano, dada a sazonalidade do produto", destacou a petroleira em nota.

Em uma coletiva de imprensa, após o anúncio da Petrobras sobre a queda no preço do gás de cozinha, Pedro Parente, presidente da companhia, afirmou que a mudança na política de reajuste é puramente empresarial. Ele também destacou que não haverá subsídio, e sim uma redução na margem da companhia no produto.

Com redução, o GLP residencial sem tributos, será de R$23,16 por botijão de 13kg comercializado nas refinarias da Petrobras.

Para a estatal, a lei brasileira garante a liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados. Dessa maneira, as revisões podem ou não se refletir no preço de venda ao consumidor final. Ainda de acordo com a Petrobras, a diferença de preço dependerá dos repasses feitos pelas distribuidoras e revendedores. 

Por que os preços não caem?

Os brasileiros atravessam um momento delicado da economia. O preço do gás de cozinha teve um aumento expressivo no ano passado e a gasolina alcançou números impressionantes, entre outros exemplos 

Enquanto isso, o cenário econômico nacional segue marcado pelos juros baixos e a perspectiva é de mais uma redução na taxa Selic, a taxa de juros básica brasileira. As quedas da Selic já afetaram os 
rendimentos da poupança, que ficaram mais baixos a partir do momento que a taxa alcançou um patamar inferior a 8,5%. 

A inflação também está baixa. Então, por que os preços não diminuem? Porque ter uma inflação baixa quer dizer que, na média, o nível geral de preços subiu, só que em menor velocidade. Para que os preços de produtos e serviços estivessem caindo, o índice precisaria registrar deflação.

Apesar do ano de 2017 ter sido marcado por uma recuperação lenta, as projeções do Fundo Monetário Internacional é de que a economia brasileira cresça em 2018.

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