22/01/2018 às 19h58min - Atualizada em 22/01/2018 às 19h58min

Faltam remédios para epilepsia e ansiedade na Farmácia Central de Americana

Prefeitura confirmou que os estoques de dois medicamentos estão zerados e aguarda reposição pelo governo estadual

Rodrigo Pereira - [email protected]
Redação
Moradores relataram falta dos remédios há mais de dois meses, diz vereador. Foto: Reprodução | Google Maps
Os medicamentos Lamotrigina de 100mg, para tratamento de epilepsia e transtorno bipolar, e Frisium de 20mg, usado contra ansiedade, estão em falta na Farmácia Central de Americana. Após divulgação do caso pelo vereador Rafael Macris (PSDB), que recebeu relatos de que a situação ocorre há mais de dois meses, a prefeitura confirmou a indisponibilidade e informou que aguarda reposição pela Secretaria de Saúde do Estado. O governo estadual comunicou que está em processo de aquisição dos medicamentos e que foi solicitada rapidez aos fornecedores.

Macris protocolou na secretaria da Câmara de Americana um requerimento em que pede informações sobre a falta dos remédios. “Muitas pessoas dependem da utilização deste medicamento diariamente e não possuem condições financeiras de adquiri-los (...) É necessário acompanhamento médico regular, bem como a ingestão dessa medicação para que as pessoas portadoras dessas doenças tenham melhor qualidade de vida”, aponta o parlamentar. No documento, o tucano questiona sobre o motivo da falta destes medicamentos e se existe previsão para normalização no fornecimento. A votação do requerimento deve ocorrer na sessão da Câmara dessa quinta-feira (25).

A prefeitura informou, por meio de assessoria de imprensa, que esses remédios são do Programa Alto Custo, fornecidos pela Secretaria Estadual da Saúde. Quanto ao Frisium, segundo a administração municipal, a secretaria estadual informou que houve desabastecimento total devido a uma dificuldade de aquisição, porque no último pregão realizado não houve fornecedor interessado. De acordo com o órgão estadual, foi necessário realizar um novo pregão, que se encontra em andamento, com previsão para normalizar o abastecimento na primeira quinzena de fevereiro de 2018, ainda conforme a prefeitura. "Já o Lamotrigina, a previsão de normalização do estoque era 15/01/18, mas até a presente data o município não recebeu o medicamento", acrescentou a assessoria do Executivo americanense.

O DRS (Departamento Regional de Saúde) de Campinas, por meio da assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do Estado, comunicou que os medicamentos estão em processo de aquisição e que assim que ocorrer a entrega pelo fornecedor eles serão enviados a Americana para redistribuição na Farmácia Central. E ressaltou que "foi solicitada aos fornecedores celeridade na entrega".

"Cabe esclarecer que o SUS (Sistema Único de Saúde) distribui mais de 1.000 tipos de medicamentos em diferentes apresentações no Estado de São Paulo. Para atender os pacientes cadastrados no programa de Medicamentos Especializados (Alto Custo) em todo o Estado, a pasta estadual realiza planejamento periódico dos estoques, com base no consumo e mais uma margem de segurança para garantir que a unidade tenha estoque até que seja abastecida pela próxima compra. Mas, alguns fatores, alheios ao planejamento da pasta, podem ocasionar desabastecimentos temporários, como aumento inesperado de demanda (acima da margem de segurança prevista), atraso por parte do fornecedor, logística de distribuição do Ministério da Saúde, pregões 'vazios' (quando nenhuma empresa oferta o medicamento) ou pregões 'fracassados' (quando as empresas estabelecem preços acima da média de mercado, o que inviabiliza legalmente a aquisição)", completou a assessoria de imprensa da pasta.


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