09/01/2018 às 16h27min - Atualizada em 09/01/2018 às 16h27min

Instalação de pisos para cegos entre árvores gera queixas e Andia faz esclarecimento

Piso podotátil foi implantado na Praça Central de Santa Bárbara; moradores criticaram o projeto e prefeito apontou que as placas no chão são para alertar e não para direcionar os cegos

Rodrigo Pereira - [email protected]
Redação
Foto: Divulgação
A instalação de piso tátil (para orientação à locomoção de cegos) em um percurso entre árvores na Praça Central de Santa Bárbara d'Oeste gerou queixas de internautas no Facebook. Uma moradora publicou fotos que mostram que o material foi instalado em uma linha reta e que há árvores nesse percurso. O próprio prefeito Denis Andia (PV) respondeu a postagem esclarecendo que se trata de piso tátil de alerta, que orienta a pessoa a não deixar a calçada e sair para a rua, e não direcional, que serve como guia de direção para a caminhada. 

"Ao passar pela Praça central de Santa Bárbara d'Oeste depois de tanto tempo que administração fez as reformas não pude deixar de fazer uma observação quanto o que se diz assessibilidade (sic). Gostaria de intender (sic) a ideia que o engenheiro responsável pela obra teve.

Observem nas fotos o que foi feito para que os cegos se locomovam na Praça. Gostaria de intender (sic) tipo... um cego começa andar em linha reta e depois sobre na árvore pra continuar a sua caminhada? Será isso? Sr secretário de obras creio que não se ateve quanto à lei 1016/de 2000, quanto à acessibilidade e, pra efeito maior, fere a dignidade humana que reza todo o artigo quinto da Constituição Federal", escreveu Elizena Teixeira na publicação.

O texto gerou queixas. "Na vdd a obra é apenas para se promover , a população está acordando para isso", escreveu um internauta. "Dá uma bengala de cego e faz ele (secretário de Obras) caminhar pela obra que aprovou, vamos ver como ele se sai", comentou outra moradora. 

"Para que ninguém se confunda, a instalação desse piso tátil está dentro das normas de acessibilidade da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Existem dois pisos táteis: o de ALERTA (o de bolinhas) e o DIRECIONAL (com faixas). Este instalado é o de ‘ALERTA’ (com bolinhas).

Ele tem a função de alertar quem se aproxima do limite com a rua, para que a pessoa não avance. Este não é um piso DIRECIONAL (com faixas), que quando instalado indica uma linha a ser seguida. Portanto, essa faixa amarela com os pisos táteis de bolinhas não é um caminho a ser seguido e sim um alerta limitador para quem se aproxima dele. De qualquer forma, valeu pelo seu interesse - ele é o nosso também!", escreveu Denis Andia na publicação.

"Continua não havendo acessibilidade pois o acesso neste caso possui entraves que desrespeita (sic) a qualidade da dignidade humana (...) Sei que seja (sic) de seu total interesse a questão da acessibilidade na cidade! Mas por hora agradeço por vossa atenção!", replicou Elizena. 

As obras de reformulação da Praça Central Coronel Luiz Alves foram entregues em janeiro de 2016 e, na reinauguração, Andia citou que previam acessibilidade.

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