​Romiseta completa 61 anos e vira inspiração para mercado automobilístico

A Romiseta, primeiro carro produzido no Brasil, completa hoje 61 anos de existência. Embora de origem italiana, a produção em série ocorreu em Santa Bárbara d’ Oeste, na fábrica Romi, no dia 05 de setembro de 1956. Sua produção foi extinta após três anos por falta de incentivo financeiro. No total, foram produzidas 3 mil Romisetas no Brasil entre 1956 e 1961. Hoje o pequeno automóvel torna-se inspiração para a indústria automobilística na produção de carros pequenos e econômicos.

Apesar do sucesso do veículo, a sua fabricação foi interrompida em 1959, por conta da GEIA (Grupo Executivo da Indústria Automobilística) que impôs um decreto de incentivo somente para veículos que apresentassem no mínimo duas portas e dois assentos, conforme demanda das multinacionais estabelecidas no país. A Romiseta não atendia os padrões exigidos devido o eixo traseiro bem mais estreito que o dianteiro e a única porta localizada à frente do veículo. Outra barreira foi o custo elevado de produção que impediram a Romiseta de enfrentar a concorrência do Volkswagen.

“O aniversário da Romiseta é muito importante para o país, por ter sido o primeiro carro produzido inteiramente no Brasil e um marco para a modernidade. Atualmente o seu designer serve de inspiração para as indústrias automobilísticas, destaca Vainer Penati, superintendente da Fundação Romi. “Hoje as pessoas estão cada vez mais individualistas, e os espaços urbanos cada vez menores. Tudo isso faz com que aumente a procura por carros menores e mais econômicos, tudo o que a Romiseta proporcionava na época”, finaliza Vainer.

Também pode-se dizer que o veículo foi um marco histórico para o país, durante a presidência de Juscelino Kubitschek, o presidente que fez o Brasil ingressar na modernidade. Considerado o presidente dos 50 anos em 5, Juscelino Kubitschek, chegou a entrar em Brasília a bordo de uma Romiseta integrante da Caravana de Integração Nacional.