05/09/2024 às 06h54min - Atualizada em 05/09/2024 às 06h54min

Funcionária do Hospital Municipal de Americana é presa após furtar mais de R$ 500 mil em medicamentos

Redação
Divulgação/DIG Americana


Na noite desta quarta-feira (4) a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), prendeu em flagrante uma auxiliar de farmacia do Hospital Municipal “Dr. Waldemar Tebaldi”, em Americana, que furtou mais de R$ 500 mil em medicamentos psicotrópicos.


A mulher de 35 anos, que era moradora do no Parque Residencial do Lago, em Santa Bárbara d’Oeste,  furtava os medicamentos, como morfina, fentanil e anestésico para revender pelo WhatsApp “para fins recreativos” e golpes como “Boa Noite Cinderela”.


A prisão aconteceu quando a funcionária deixava o hospital ao lado de um familiar, que também foi detido e liberado posteriormente, após operação de campo da DIG.


Após pesquisas nos sistemas policiais e demais fontes abertas de informação, os investigadores conseguiram identificar a mulher, bem como seu turno de serviço e até mesmo prints de diálogos com terceiros, onde realizava a negociação de diversos medicamentos sem autorização legal ou regulamentar.


Segundo a polícia, num primeiro momento a auxiliar de farmácia negou o crime, mas se contradisse e apresentou “demasiado nervosismo” quando soube que a polícia realizaria diligência em seu espaço de trabalho e acabou confessando que furtava os medicamentos de controle especial por ter acesso facilitado dentro do hospital, e que vendia substâncias, como Ketamina, Fentanil e Morfina, a interessados que as utilizassem para fins recreativos.


Em sua bolsa foi localizada uma ampola do medicamento Acetato de Betametasona, além de diversos comprimidos e pomadas de medicamentos variados.


Na residência da mulher foi localizada uma enorme quantidade de medicamentos, entre os quais Ketamina, anestésico dissociativo utilizado por indivíduos sob o nome comercial de “Key” ou “K”.


Em nota, a Santa Casa de Chavantes afirmou que já apurava o desvio de medicamento controlado que culminou com denúncia e desfecho no início dessa noite. 


“A administração da Santa Casa de Chavantes está colaborando com as informações, já que tem a investigação em curso e rapidamente auxiliou as autoridades. A Santa Casa já havia implementado um processo de controle habitual e preventivo do dispensário de medicação, o que possibilitou identificar esse caso”. 


O delegado responsável pela DIG, Filipe Rodrigues de Carvalho, contudo, negou que a Santa Casa de Chavantes tenha feito qualquer denúncia ou tido participação na investigação que culminou com a prisão da funcionária.


“Embora tenha percebido boa vontade por parte de alguns servidores pela Santa Casa de Chavantes, não houve, daquela, qualquer denúncia ou participação que tenha culminado na ação. As diligências de campo são fruto de investigação séria e desempenhada pelo setor de investigações desta DIG, o qual tem dispensado dias a fio visando apurar a autoria e materialidade dos crimes que foram veiculados nesta ocasião. Consigna-se, por oportuno, que nesta etapa de cognição policial, nenhuma hipótese está descartada, sendo possível a responsabilização até mesmo de outros funcionários do nosocômio, o que pode atingir, se o caso, funcionários e até mesmo administradores, seja da Santa Casa Chavantes, seja do Hospital Municipal Waldemar Tebaldi, respeitando a imparcialidade das atividades de polícia, e sempre na medida de sua culpabilidade”, afirmou. 


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