04/05/2022 às 19h19min - Atualizada em 04/05/2022 às 19h19min

Audiência de caso de guarda que agrediu ex-mulher acontece nesta quinta

Redação
Reprodução

Acontece nesta quinta-feira (5) a primeira audiência do caso do guarda municipal Paulo Fernandes Carrigio, de 55 anos, que agrediu a ex-companheira com golpes de canivete no bairro Praia Azul, em Americana. A audiência acontece às 14h00, na Vara do Juri da Comarca de Americana. 



O guarda foi denunciado pelo crime de tentativa de feminicídio e pelo descumprimento de decisão judicial, já que a ex-companheira, Mirian Novaes Costa, de 30 anos, estava sob medida protetiva de urgência, após sofrer constantes perseguições e agressões.


Por tratar-se de tentativa de feminicídio é possível uma redução futura da pena de 1/3 a 2/3. Mas, em busca de uma pena maior, os advogados de defesa da vítima buscam que, após a audiência, haja um agravamento da denúncia contra o réu, para que, dentro do crime de tentativa de feminicídio, ele também seja pronunciado pelas qualificadores de emboscada, emprego de meio cruel, fútil e o aumento da pena pelo descumprimento da medida protetiva.

 

“A vítima tomou conhecimento que a denúncia trata apenas do crime de tentativa de feminicídio e o descumprimento de medida protetiva. No entanto, na audiência prevista para 5 de maio, espera-se que a Justiça compreenda o quão repugnante e cruel foi a atitude do réu que, sem qualquer remorso, a golpeou com o canivete inúmeras vezes, em frente a diversas pessoas. As filmagens obtidas retratam que o carro dele se aproximou rapidamente após saírem da academia, a comprovar que ela foi surpreendida pelo agressor, que certamente planejou uma emboscada para matá-la. A futilidade da ação, a crueldade da atitude e a emboscada estão previstas como qualificadoras no crime de homicídio e precisam ser inseridas na denúncia para que o réu seja pronunciado por uma pena maior, condizente com o crime praticado, o qual não há dúvida alguma. Pela lei, a tentativa diminuirá sua pena, mas devemos tratar no mínimo como uma tentativa de feminicídio ´quadruplamente´ qualificado. Um crime bárbaro como esse não pode ficar impune”, disse Henrique Zigart Pereira, advogado da vítima.




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