03/05/2022 às 19h33min - Atualizada em 03/05/2022 às 19h33min

Pais reclamam sobre demissão de monitoras nas escolas de S.Bárbara

Amanda Sabino
Reprodução/Facebook

Desde a semana passada, pais e mães de crianças especiais que estudam nas escolas municipais de Santa Bárbara d’Oeste enfrentam um problema: os filhos estão sem monitoras para acompanhá-los durante o período de aula. Por outro lado, as professoras da rede estão tendo que fazer hora extra e trabalhar em período alternativo para conseguir atender esses alunos.



O problema, segundo pais e professores, acontece desde a semana passada, quando o contrato com a terceirizada com a Prefeitura de Santa Bárbara encerrou e as monitoras da educação especial foram dispensadas no meio do expediente.


Mãe de um aluno autista da EMEI Zinho Saes, no Vista Alegre, a funcionária pública Daniela da Rocha Silva, de 36 anos, disse que foi informada do problema pelas professoras ao buscar o filho na escola. 


“Foi tudo de repente, as monitoras ficaram sabendo da demissão e tiveram que sair da escola no meio da manhã e deixar as crianças sozinhas, sob cuidado das professoras que cuidam dos demais alunos da sala”, contou. 


De acordo com Daniela, a medida prejudicará o desenvolvimento do seu filho, Samuel, de 4 anos, que estava progredindo com o auxílio da monitora. “Ela já estava acompanhando ele há dois anos e conseguindo com que ele se socializasse com as demais crianças e até fizesse algumas atividades propostas. Ele estava progredindo com essa monitora, além de ter um apego emocional e confiar muito nela. Agora ele vai regredir. Sem falar que quando muda a rotina ele se desestabiliza e pode ter crises”, explicou. 


Uma professora que pediu para não ser identificada também se queixou da situação. “Esses acompanhantes da educação especial são um direito dessas crianças. Acabou o contrato com a empresa e a prefeitura deixou esses alunos sem ninguém. Nós, funcionários, estamos nos dividindo um pouco para ficar com eles, mas não sabemos como isso vai ficar, pois a prefeitura não dá previsão para recontratação das monitoras”, explicou. 


De acordo com a professora, a escola possui alunos autistas, crianças com Síndrome de Down e outras com baixa visão.“Na nossa escola tivermos que pedir para as mães buscarem as crianças mais cedo, pois não tem quem fique com elas”, contou.


Na semana passada a prefeitura convocou apenas um professor PEB II Educação Especial.


Questionada pelo Portal Atualidade/SBO Repórter sobre a previsão para recontratação das monitoras e normalização da situação, a Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste, por meio da assessoria de imprensa, não se manifestou. 




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