11/06/2017 às 09h24min - Atualizada em 11/06/2017 às 09h24min

Hidroterapia ajuda a melhorar qualidade de vida de crianças com microcefalia

Redação/Agência Brasil
Agência Brasil
Famílias de crianças com microcefalia recebem, em Salvador, aulas gratuitas de hidroterapia, como forma de melhorar a qualidade de vida dos pequenos. A iniciativa faz parte do projeto Abraço à Microcefalia, formado por familiares e profissionais de saúde que busca fortalecer a rede de mães e ampliar o cuidado às crianças e familiares.

O projeto é inteiramente gratuito e atende 150 famílias. Como forma de extensão e oferta de mais um serviço, a educadora física Karina Meyer, diretora da rede de academias de atividades aquáticas, abraçou a causa e decidiu ceder o espaço uma vez por semana, com professores voluntários, que fazem parte de uma escala.
Segundo Karina, a ideia não é substituir terapias e atividades feitas por outros profissionais, mas fornecer às crianças um momento lúdico de relaxamento, pois a água morna melhora o desconforto dos movimentos das crianças com microcefalia.

“Foi um desafio novo que abraçamos, porque nunca tínhamos trabalhado com crianças com tantas especificidades. Conheci as fundadoras do projeto [Abraço à Microcefalia], me sensibilizei e resolvi oferecer esse serviço gratuito às famílias que já fazem parte da iniciativa. Nossos professores voluntários criaram grupos de estudos para podermos aprimorar conhecimentos e entender a realidade dessas crianças, mas o intuito não é substituir o serviço de nenhum profissional”, diz.

Hidroterapia e bem-estar

A educadora física Karina Meyer diz que, nos exercícios fora d'água, as crianças sentem dor porque têm rigidez muito forte nas articulações. “Na água, eles conseguem executar movimentos com mais facilidade. Percebemos na expressão facial delas o quanto é lúdico, prazeroso e relaxante. São crianças que passam por muito estresse como dores e outras patologias trazidas pela microcefalia. A gente promove socialização e o trabalho é também com as famílias, costumo dizer que é um trabalho socioafetivo”, diz.

As aulas ocorrem todas as sextas-feiras, em duas unidades do espaço, nos bairros Pituba e Villas, em Salvador. Os exercícios são feitos em piscinas com água aquecida, em aulas que duram 30 minutos, para duas turmas por sexta-feira.

Os estímulos que a criança recebe dentro da água facilitam o desenvolvimento motor, área prejudicada devido ao grau de comprometimento cerebral que a doença provoca. De acordo com o quadro de especialistas da academia que oferece o serviço gratuito, a mínima sustentação de peso dentro da água contribui para que o tratamento tenha eficácia em casos de dores, inflamações, espasmos musculares, movimentos, força e geram melhor qualidade de vida para pacientes e familiares.
(Fonte Agência Brasil)

 
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