Um estudo realizado pela ONG Repórter Brasil, com base nos dados do SISAGUA (Sistema de Informação e Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano), aponta a presença de uma substância cancerígena na água de Americana.
Divulgado na segunda-feira (7), o estudo Mapa da Água aponta a presença de rádio-228 acima do limite de segurança na água que saía das torneiras de Americana no período de 2018 a 2020.
O rádio-228 é classificado como cancerígeno para o ser humano pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), órgão da Organização Mundial da Saúde. O rádio tem sido utilizado como fonte de radiação para o tratamento do câncer, em radiografias de metais e combinada com outros metais como fonte de nêutrons para pesquisa e calibração de instrumentos de radiação.
“Todas as substâncias químicas e radioativas listadas nesta página oferecem risco à saúde se estiverem acima da concentração máxima permitida pelo Ministério da Saúde. Elas foram detectadas ao menos uma vez na água que abastece este município entre 2018 e 2020. Quando essas substâncias estão acima do limite, a água é considerada imprópria para o consumo”, informa o levantamento.
Questionado sobre o assunto, o DAE (Departamento de Água e Esgoto de Americana) informou que “tomou conhecimento hoje da divulgação destes estudos. A autarquia realiza periodicamente testes, que apontam que a água de Americana está dentro dos parâmetros legais. O DAE ainda não teve acesso aos detalhes deste estudo divulgado, mas está buscando se inteirar para verificar quais são os reais apontamentos”.
Confira abaixo as substâncias com os maiores riscos de gerar doenças crônicas, como câncer, encontradas dentro do limite de segurança na água de Americana, de acordo com o estudo, entre 2018 e 2020:
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