DivulgaçãoDe acordo com um levantamento feito pela Medway, empresa especializada na fabricação de produtos hospitalares descartáveis, os preços das máscaras cirúrgicas dobraram nos últimos 10 dias. A caixa, que custava em média R$ 20, agora já está batendo a casa dos R$ 40. “De setembro para outubro de 2021, os importadores acreditavam que a demanda por máscaras cirúrgicas iria cair, mas não foi o que aconteceu. Essa nova variante fez a procura aumentar mais de 500% nas últimas semanas”, aponta Vinicius Degani, CEO e fundador da Medway.
A alta dos preços das máscaras cirúrgicas é consequência da variante Ômicron, que segundo especialistas, é mais contagiante do que as outras cepas. Dados divulgados pelo Ministério da saúde apontam que a média móvel de 186.363,1 casos registrados é 173,6% maior do que a monitorada há 14 dias. Há 10 dias, o indicador está acima de 100 mil, ponto nunca alcançado antes na curva de casos de coronavírus.
A escalada de novos casos está provocando também pressão nos hospitais. Somente no Estado de São Paulo, as internações por Covid-19 dobraram no mês de dezembro. No último dia 29, foram registradas 664 novas hospitalizações, alta de 106% em relação ao início do mês. Os dados são do governo paulista.
Saindo dos fabricantes e indo para as farmácias, em uma das maiores redes de drogarias do Brasil, o volume de vendas de máscaras cresceu 70% no comparativo dos 12 primeiros dias de janeiro de 2022, em relação ao mesmo período de 2021.
Outro ponto de destaque e que pode estar influenciando no preço e na demanda dos produtos é que as máscaras de pano não são tão eficazes contra variante Ômicron, de acordo com a universidade de Oxford. Trish Greenhalgh, professora de serviços básicos de saúde da prestigiada universidade, aponta que as máscaras de camada dupla ou tripla com uma combinação de materiais são mais eficazes e, portanto, recomendadas.
Além disso, Degani aponta que o mercado brasileiro está saturado, que os importadores de máscaras cirúrgicas estão tendo a mesma demanda do começo da pandemia. “Hoje temos, no máximo, 10 indústrias bem estruturadas no Brasil, estamos trabalhando 24 horas por dia, sete dias por semana, para suprir a necessidade de todos e nos desdobrando para atender nossos clientes”, finaliza o executivo.
_(1).png)