03/06/2017 às 10h53min - Atualizada em 03/06/2017 às 10h53min

Hospital Estadual de Sumaré recebe repasse de R$ 2,5 milhões

Redação
Reprodução
O Hospital Estadual de Sumaré (HES), administrado pela Unicamp (Universidade de Campinas), foi contemplado com o repasse de R$ 2,5 milhões para a aquisição de tecnologias de ponta destinadas a neurocirurgias, com um neuronavegador, microscópio cirúrgico e equipamentos minimamente invasivos, entre eles neuroendoscópio, aspirador ultrassônico, craniotomos, drill elétricos, pinças, etc. A cerimônia que celebrou o repasse aconteceu na última segunda-feira (29 de maio).

Os recursos são originários de parte das indenizações pagas pelas empresas Shell/Basf, numa atuação conjunta histórica entre o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região e o Ministério Público do Trabalho, em Campinas. De acordo com o HES, os novos equipamentos deverão agilizar e melhorar o atendimento em neurocirurgia, realizado 100% pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A expectativa é ampliar algumas cirurgias e inovar em outras.

Para o prefeito Luiz Dalben, o repasse só vem a acrescentar na rede de saúde pública. "É mais um salto de qualidade e excelência nos serviços prestados pelo Hospital Estadual, que é uma unidade de referência, com diversas acreditações, e que tanto trabalha em prol da saúde dos nossos moradores e de toda a região", comentou.

A iniciativa de redigir e propor o projeto à Justiça do Trabalho aconteceu em 2015 pelo coordenador de Neurocirurgia do HES, João Flávio Zullo. De acordo com Zullo, a ideia veio de encontro ao grande momento em que o hospital assumia uma certificação internacional canadense, uma das mais respeitadas do mundo.

Em um episódio de repercussão nacional, que se iniciou com uma Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público do Trabalho em 2007 e prosseguiu com sentença condenatória pela 2ª Vara do Trabalho de Paulínia, mantida pelo TRT-15 (anos 2011 e 2012), centenas de ex-trabalhadores da Shell, em Paulínia, e seus familiares, tiveram garantidas indenizações e extenso tratamento médico em virtude dos efeitos da contaminação do solo e dos lençóis freáticos da região da fábrica daquela multinacional, desde os anos 70. Firmava-se ali, para a comunidade jurídica, o "Caso Shell", que posteriormente foi objeto de acordo no TST, em Brasília (já em 2013), envolvendo também as empresas Raízen e Basf.

As empresas concordaram em pagar o valor de R$ 200 milhões por dano moral coletivo.

 
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