15/08/2017 às 15h32min - Atualizada em 15/08/2017 às 15h32min

Princípios da educação física: REVERSIBILIDADE

Denis Modenese
Reprodução
De acordo com Nahas (2001), a relação entre Qualidade de Vida e Treinamento Físico, ocorre na medida em que necessitamos desenvolver e manter um bom condicionamento físico às custas de um programa de exercícios onde devem estar inclusos todos os componentes básicos da aptidão física relacionados à saúde: resistência cardiorrespiratória,  flexibilidade, resistência e força muscular e composição corporal. Desta maneira, devemos programar e planejar nosso trabalho para que o mesmo venha a ser eficaz, seguro e regular, e que além de otimizar os componentes básicos da aptidão física, venha a desenvolver e manter habilidades de equilíbrio e coordenação.
Segundo Ziegler (1996), existem princípios pelo qual a Educação Física deve se basear para propiciar uma melhora na qualidade de vida dos indivíduos, sejam eles hiperativos, normais ou uma população especial. Deste modo podemos incluir alguns destes princípios dentro da elaboração do programa de treinamento, objetivando colaborar na melhora ou manutenção da aptidão física necessária a qualidade de vida:
 
Princípio da reversibilidade
 
“Um homem, normalmente, atinge seu pico de condicionamento do sistema círculo-respiratório (freqüentemente chamado cardiovascular) aos 19 anos de idade, e começa a regredir gradualmente até sua morte eventual. Isto significa que uma pessoa deve adquirir e manter pelo menos um nível irredutível de tal condicionamento para viver normalmente.”
Este princípio é a última fase na hierarquia da seqüência temporal de adaptação, onde, no caso da falta de estímulo, ocorre a reversibilidade do processo.
O ACSM (1998) encontrou que para manter o efeito do treinamento, o exercício ou estímulo tem que ter uma continuidade sobre uma base sólida de treinamento. Significantes reduções na aptidão cardiorrespiratória foram encontradas em algumas pesquisas, após duas semanas de interrupção dos exercícios, onde após dez semanas alguns indivíduos já se encontravam nos níveis iniciais (pré-treinamento). Diminuição de 50% nos ganhos iniciais na capacidade aeróbia foram mostradas após 4 à 12 semanas de interrupção dos trabalhos aeróbicos.
O ACSM (1998) encontrou ainda que, embora a parada do treinamento mostre dramática redução na capacidade aeróbia, treinamentos reduzidos mostram uma modéstia e as vezes não mostram reduções significativas por um período de 5 à 15 semanas. Esta informação vem colaborar no processo de periodização onde devemos distribuir as cargas de treinamento procurando otimizar todos os componentes básicos da aptidão física relacionados à saúde.
Portanto, é preferível diminuir a freqüência e a duração do treinamento, do que diminuir sua intensidade, pois é na redução da intensidade do treinamento que as perdas de capacidade aeróbia, são mais radicais. A mesma conduta é recomendada para os trabalhos de força.
No próximo artigo discorreremos sobre o princípio da SOBRECARGA.
 
Leia Também »
Comentários »