10/07/2017 às 13h30min - Atualizada em 10/07/2017 às 13h30min

Equilíbrio Energético e o controle do Peso Corporal

DENIS MODENEZE
Montagem/Divulgação Internet
Por:Dênis Marcelo Modeneze
Doutor em Educação Física na Área de Atividade Física, Adaptação e Saúde (UNICAMP)

Esse tema tem como objetivo despertar o interesse pela prática regular de Atividades Físicas a fim de melhorar o condicionamento físico geral e otimizar o gasto calórico, auxiliando na perda ou manutenção do percentual de gordura corporal.
 
Para tal, se faz importante conhecer os conceitos do equilíbrio energético que apesar de existirem diferenças individuais significativas relacionadas aos mecanismos de consumo e gasto de energia ele vem sendo o determinante principal quanto a modificações associadas ao controle de peso corporal, o que torna as dietas e a prática de atividades físicas importantes mecanismos de controle.
 
Mas o que vem a ser “Equilíbrio Energético?”

R
elação entre o que se consome de energia, traduzido pela quantidade de calorias dos alimentos que compõem a dieta, e o gasto de energia que está associado ao equivalente energético do trabalho biológico realizado.
A energia dos alimentos ingeridos ou a energia gasta pelo trabalho biológico pode ser medida em quilocalorias – kcal. A maior unidade de calor, ou a quilocaloria é igual a 1000 calorias.
A quantidade de “calorias” que não for queimada, produzindo trabalho biológico, é armazenada na forma de gordura. Então, é importante que se mantenha um nível de atividade física correspondente ao consumo energético, ou vice-versa, para que haja uma manutenção do peso corporal.
Ingestão em excesso = Ganho de gordura. Acumular gordura é a maneira que o corpo tem de lidar com as calorias extras consumidas acima do nível necessário. O corpo simplesmente não esquece da fatia extra de queijo, do biscoito com requeijão, da pizza calabresa, ou de três colheradas de sorvete com pedaços de chocolate e calda!
Do ponto de vista energético a quantidade de calorias é constante seja qual for a fonte do alimento. É incorreto afirmar que 500 kcal de sorvete de chocolate coberto com chantili e nozes engordam mais do que 500 kcal de melancia ou 500 kcal de sanduíche de salmão e cebolas.
Não existem formulas milagrosas para o emagrecimento ou para o ganho de peso corporal. Embora exista uma influência genética forte na constituição da composição corporal, o peso corporal recomendável acaba resultando da combinação de uma dieta saudável e de um estilo de vida fisicamente ativo.

A relação consumo-gasto de energia apresenta três possíveis situações:





* Equilíbrio energético POSITIVO: quando o consumo excede o gasto energético e deve ser adotada para o aumento do peso corporal;
Ex: O indivíduo apresenta, em média, um consumo de alimentos equivalente a 2800 kcal/dia, acompanhado de um trabalho biológico que produz um gasto energético diário de apenas 2500 kcal., o que equivale a um saldo positivo de 300 kcal/dia, que resultam em proporcional aumento no peso corporal.

* Equilíbrio energético NEGATIVO: quando o gasto excede o consumo energético e deve ser adotada para a diminuição ponderal;
Ex: O indivíduo apresenta, em média, um consumo de alimentos equivalente a 2500 kcal/dia, acompanhado de um trabalho biológico que produz um gasto energético diário de 3000 kcal., o que equivale a um saldo negativo de 500 kcal/dia, que resultam em proporcional diminuição no peso corporal.

 
* Equilíbrio ISOENERGÉTICO: quando o gasto e o consumo de energia estão iguais, deve ser adotada quando se deseja manter o peso corporal.
Ex: O indivíduo apresenta, em média, um consumo de alimentos equivalente a 2800 kcal/dia, acompanhado de um trabalho biológico que produz um gasto energético diário de 2800 kcal., o que equivale a uma relação energética equilibrada. Logo, não deverá haver modificações no peso corporal.
 
 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA PARA A ELABORAÇÃO DESTE CAPÍTULO
 
 FERNANDES FILHO, J., A Prática da Avaliação Física. Editora Shape, Rio de Janeiro, 1999.
 GUEDES, D. P. & GUEDES, J. E. R. P. Equilíbrio Energético e Controle  de Peso Corporal. Editora Midiograf, Londrina, 1998.
 NAHAS, M.V. – Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida. Editora Midiograf, 2ª Edição, Londrina, 2001.
 NIEMAN, D.C. – Exercício e Saúde. São Paulo. Editora Manole, 1999.
 WHOQOL Group. The World Health Organization Quality of Life Assessment ( WHOQOL) : position paper from the The World Health Organization. Social Science and Medicine. vol.41, n.10, 1403-1409, 1995.
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